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Cisão no Hóquei Clube de Santarém levou à reactivação de “Os Leões”

Patinagem Artística e Futsal completam, para já, a actividade desportiva do clube

O Sport Grupo Escalabitano “Os Leões”, fundado em 1911, foi até 1969, altura em que se fundiu na União Desportiva de Santarém, um dos mais conhecidos clubes do Ribatejo. Desde essa altura ficou inactivo. Em 2011 foi reactivado administrativamente. Em Março de 2012 começou a trabalhar na componente desportiva e agora volta a estar em foco nas luzes da ribalta desportiva do distrito de Santarém.

A reactivação desportiva em “Os Leões” aconteceu aquando de uma cisão na patinagem artística do Hóquei Clube de Santarém (HCS). Segundo o actual presidente de “Os Leões”, Paulo Morais “a patinagem era o parente pobre do HCS e os pais das jovens patinadoras andavam descontentes com a direcção do clube e quando surgiu esta oportunidade de reactivar desportivamente “Os Leões” não hesitaram e mudaram-se para aqui”.Agora o clube desenvolve a patinagem artística e o futsal veterano. “Não queremos dar um passo maior do que a perna. A patinagem é efectivamente a grande modalidade e é aí que estamos a apostar com mais força. Não fechamos a porta a novas modalidades, mas tudo o que vier terá que ser muito bem estudado”, garante o presidente de “Os Leões”.“No HCS a comissão de pais era autónoma em todas as situações que dissessem respeito à patinagem artística, todos trabalhavam muito para o desenvolvimento da modalidade, eram os principais patrocinadores. A comissão só não era autónoma na questão financeira, isso passava tudo pela direcção do HCS. Na distribuição das verbas a patinagem era descriminada e foi isso que levou à cisão”, disse Paulo Morais.Segundo o presidente de “Os Leões” a patinagem nunca foi vista como uma modalidade que também dignificava o clube. “Enquanto os jovens do hóquei em patins tinham tudo, as patinadoras nem sequer um fato de treino do clube tinham. Foi isso que nos levou a agarrar esta oportunidade que a reactivação de “Os Leões” nos deu”, garantiu.Não tem sido fácil avançar com a parte desportiva no clube. “Em Santarém dizem-nos que não há espaços para podermos treinar, o Pavilhão está ocupado quase em exclusivo pelo HCS e tanto no futsal como na patinagem apenas temos um período residual para treinarmos. Fomos obrigados a estabelecer um protocolo com a Glória do Ribatejo para podermos treinar no seu pavilhão. Fomos muito bem recebidos, mas as despesas são quase insuportáveis”, refere o dirigente de “Os Leões”.São muitas as crianças que procuram “Os Leões” para se iniciarem na patinagem artística, mas quando sabem que têm que se deslocar para fora da cidade para treinar desistem quase de imediato. “Não aceito que me digam que não há um espaço para podermos treinar em Santarém, podemos treinar em piso de cimento ou outro qualquer. Já procurámos ajuda junto das instituições mas a resposta é sempre a mesma, não há ou não se pode patinar no local, como aconteceu em relação ao pavilhão da antiga Escola Prática de Cavalaria”, diz Paulo Morais.O clube conta com um bom grupo de patinadoras e com dois treinadores de grande categoria. Daniel Pereira é o treinador da parte da patinagem artística, é um técnico com vasto currículo quer como atleta quer como treinador. Marina Loureiro é a treinadora de Solo Dance é uma jovem com muita vontade de ensinar. “O único contratempo e que nos faz desanimar um pouco é efectivamente a falta de espaço para treinar. Nós nem precisamos de um pavilhão com todas as condições, um espaço acimentado com boas condições serve. Acredito que com um pouco de boa vontade seria possível encontrar esse espaço”.“Até que isso aconteça vamos continuar a viajar até à Glória do Ribatejo para treinar e vamos continuar a dignificar o nome do clube e da cidade nas provas em que participamos”, garante o presidente de “Os Leões”.

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