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Advogado do treinador preso por matar amigo apresenta recurso de 102 páginas

O advogado de Carlos Mata, o ex-treinador do Sport Clube Ferreira do Zêzere que foi condenado a 20 anos de prisão pelo Tribunal de Tomar pelos crimes de homicídio e profanação de cadáver de João Perisco, apresentou no dia 1 de Abril um recurso da decisão que explana em 102 páginas. O móbil do crime prendia-se com o facto de Carlos Mata estar a ser pressionado pelo amigo de infância para que este lhe pagasse uma dívida. Os juízes e os jurados consideraram provados a maior parte dos factos da acusação segundo os quais Carlos Mata matou o seu amigo João Perisco e desfez-se do corpo sem revelar a sua localização. António Velez, causídico de Abrantes, pede “justiça” ao longo do documento, a que O MIRANTE teve acesso, onde aponta mais de uma dezena de erros na apreciação de prova, tais como o facto do corpo nunca ter aparecido, de nunca se ter determinado a quantia de dinheiro em dívida, o móbil do crime, sublinhando ainda que não foi dado ao arguido a possibilidade de se fazer a reconstituição dos factos no local onde terá ocorrido a morte de João Perisco, perto do local de trabalho de ambos, na zona industrial de Tomar. António Velez levanta ainda dúvidas quanto à investigação da Polícia Judiciária e actuação dos juízes. Compete agora ao Tribunal da Relação de Coimbra analisar o processo e decidir quanto à pena. O Ministério Público também apresentou um recurso uma vez que pretende que Carlos Mata, para além dos crimes de homicídio e de profanação de cadáver, seja condenado também pelo furto dos dois telemóveis de João Perisco. Foi este, aliás, o único crime confessado pelo arguido no tribunal. Depois do crime, Carlos Mata enviou mensagens do telemóvel de João Perisco para várias pessoas simulando que a vítima ainda estaria viva. Entretanto, Carlos Mata foi transferido a 22 de Março do Estabelecimento Prisional (E.P.) de Leiria, onde esteve detido preventivamente, para o E.P. Coimbra.

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