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Instituto Óptico de Benavente garante que agiu correctamente no caso dos cartões de desconto para funcionários da câmara

Nelson Nunes esclarece que apenas obteve o nome dos trabalhadores e que o logótipo do município está acessível a qualquer pessoa
O sócio-gerente do Instituto Óptico de Benavente lamenta a situação criada com os cartões de desconto aos funcionários da Câmara de Benavente, que têm o logótipo da autarquia. Nelson Nunes explica que sempre agiu correctamente querendo apenas beneficiar os trabalhadores com descontos e que o símbolo usado está disponível a qualquer pessoa na internet. O próprio presidente do município, António José Ganhão, veio admitir que o logótipo nunca foi registado e por isso não pode impedir a sua utilização por terceiros. Nelson Nunes, num esclarecimento enviado a O MIRANTE, garante que só obteve uma listagem com os nomes dos trabalhadores da câmara, fornecida por um serviço municipal, e que não teve acesso a outros dados pessoais como as moradas, realçando que os nomes foram cedidos pela própria autarquia. O empresário salienta que em todo o processo pautou sempre pela transparência e que tudo foi tratado com o conhecimento da autarquia. “A óptica comprometeu-se a não proceder à sua posterior utilização para outros fins ou, ainda para o mesmo, num espaço temporal diferente sem o conhecimento prévio da autarquia”, explica. O empresário explica que o termo “parceiro” usado nos cartões tem a ver com as vantagens disponíveis para os funcionários do município, não devendo ser interpretado como contendo em si qualquer “critério ou natureza de exclusividade ou responsabilidade de qualquer elemento do município”. Sobre a questão de os cartões terem acabado por ser distribuídos pelos próprios serviços internos da autarquia aos trabalhadores, Nelson Nunes explica que essa situação é da “responsabilidade da mesma”, embora defenda que se “procedeu da melhor maneira, garantindo assim o acesso à informação de igual forma, para todos os funcionários”. O gerente da óptica garante ainda que tratou sempre de todos os problemas com os mesmos “serviços de decisão” por uma questão de coerência e respeito pelos profissionais em causa. Nelson Nunes explica que as vantagens propostas garantem a “independência das entidades em causa”, podendo estas estabelecerem parcerias com outras entidades se assim o entenderem. Recorde-se que António José Ganhão diz só ter tido conhecimento da situação depois da queixa de uma outra óptica. A empresa conclui agradecendo à Câmara de Benavente por, “à semelhança de outras entidades públicas e privadas, se preocupar com o bem-estar dos seus funcionários, e à concorrência responsável pela queixa, a oportunidade de mostrar que, apesar de trabalharmos na mesma área temos, indubitavelmente, formas de ser e estar completamente diferentes”. Nelson Nunes refere que “ficará ao critério de todos as respectivas interpretações e conclusões resultantes” deste episódio.

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