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Rosinha justifica acordo com oposição invocando interesse concelhio da nova biblioteca

Rosinha justifica acordo com oposição invocando interesse concelhio da nova biblioteca

Presidente da Câmara de Vila Franca diz que era a única forma de aprovar os fundos comunitários

Depois de três meses de braço de ferro entre os socialistas e a Coligação Novo Rumo a presidente decidiu ceder à oposição e voltar a levar a votação o orçamento que a coligação não votou em protesto por não ter sido aceite a substituição de um vereador.

A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira justifica a negociação que teve de fazer com a Coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD, para viabilizar a nova biblioteca, com o interesse do concelho. Maria da Luz Rosinha (PS) teve que ceder para que um dos projectos mais importantes do mandato e que foi escolhido como bandeira pelo candidato socialista e vice-presidente da autarquia, Alberto Mesquita, não ficasse pelo caminho. Os socialistas acordaram levar novamente a votação o orçamento municipal para 2013 e as grandes opções do plano, que não foram votadas pela coligação em Dezembro como acto de protesto. “O que é mais importante para o Partido Socialista é um compromisso com os interesses do concelho e cabe-nos esgotar todas as possibilidades. Às vezes andar para trás não significa perder. E neste caso acredito que ganhámos a biblioteca”, justificou Maria da Luz Rosinha. Os vereadores da coligação contestavam a decisão da presidente tomada em Dezembro, ao não autorizar uma substituição de vereadores minutos antes da reunião. Desde essa data que reclamavam uma nova votação dos documentos, o que foi sempre negado pela autarca. Apesar de fontes próximas da coligação garantirem que a presidente admitiu em privado o “erro de decisão” de Dezembro, a autarca garantiu em reunião de câmara que “não reconhece” qualquer atropelo à democracia nem que tenha havido “qualquer erro” na decisão que tomou. O próprio Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa já tinha dado razão à autarca e indeferido a pretensão da coligação de decretar a nulidade da votação, numa providência cautelar que tinham interposto. “Fiz uma opção política para garantir a construção da biblioteca e não perder os fundos comunitários”, reforçou a edil. A coligação congratulou-se com o que considerou ser a “reposição da democracia” e absteve-se, permitindo a aprovação de uma alteração ao orçamento para incluir a construção da biblioteca de cinco milhões de euros, depois de terem votado contra por duas vezes. Recorde-se que a oposição está em maioria no executivo e a CDU votou sempre contra por entender que o projecto é megalómano.“O sapo que o PS tem de engolir hoje é caricato. A presidente dirá que está a fazer isto a bem do município, e eu acredito, mas é no mínimo espantoso revogar uma decisão que o tribunal considerou justa. Isto é lamentável e desprestigia os políticos”, criticou Ana Lídia, vereadora da CDU. Recorde-se que o clima político entre o PS e a coligação azedou com a entrevista de Rui Rei a O MIRANTE em 2011 que viria a levar à ruptura do entendimento entre os socialistas e a coligação após as eleições.
Rosinha justifica acordo com oposição invocando interesse concelhio da nova biblioteca

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