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Azambuja só terá futuro se conseguir cativar mais empresas

Os políticos são o elo mais fraco nestas promessas de emprego e crescimento. Estão dependentes do poder económico e da capacidade das empresas para realmente se conseguirem financiar na banca e se poderem instalar nos vários concelhos. Portanto, por que que digam que vão apostar em incentivos fiscais para as empresas, a verdade é que isso pode não ser suficiente para as cativar a instalarem-se em Santarém, Azambuja ou Vila Franca. É determinante a capacidade de produção da massa humana, as suas competências e formação. É fundamental as acessibilidades, os canais privilegiados com os municípios, o tipo de estradas que existem (se há congestionamentos a pesados ou não), se há linha de comboio, entre muitas outras. Azambuja surpreende-me, não é propriamente um concelho com boas acessibilidades. Tem uma estrada nacional com apenas duas faixas e auto-estrada que fica a quilómetros de distância, já para não falar da impossibilidade dos pesados atravessarem Aveiras de Cima para poderem ir para a auto-estrada. A sua sorte têm sido os parques logísticos, que ainda vão dando emprego, mas são empresas que não criam valor. Não estão a construir produtos para serem vendidos no estrangeiro. Estão a receber mercadoria e a enviá-la para o país, a maioria produtos importados. Posto isto, custa-me a acreditar que tenhamos futuro. Quem sabe o maior valor de Azambuja não seja a aposta num dormitório de qualidade. É que isso também vai ser preciso no futuro...Nuno Aires

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