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Ambiente

Como se sente, também nesta matéria do ambiente, Portugal tem que dar um passo em frente, vários passos. O ambiente (leia-se biodiversidade e tudo à volta) constitui, sem dúvida, para Portugal uma mais valia sem paralelo. O ambiente não pode ser visto como um mero meio castrador e proibitivo mas antes como um fator de competitividade. Assim o saibamos entender, a começar pela tutela. É uma oportunidade para os investidores e uma mais-valia para quem vive neste magnífico território. Desenvolvimento e qualidade ambiental são, não só compatíveis, como necessários. São a mesma face da moeda apesar de muitos ainda não o terem compreendido. Não é possível continuar a ignorar esta realidade, o país tem de assumir rapidamente posturas e compromissos ambientalmente mais ambiciosos porque estes são mais competitivos. Isto é, o ambiente como fator de competitividade e não como limitante do desenvolvimento económico e social.Os diferentes setores da atividade económica necessitam de uma Administração, nos seus diferentes níveis, que comece por dar o exemplo, que regule com sabedoria, e que se assuma como um parceiro na prossecução da competitividade ecoeficiente das empresas e consequentemente do desenvolvimento do país. A verdadeira política de ambiente faz-se fora do ministério da tutela. Faz-se na agricultura, indústria, transportes, turismo, etc., em todos os setores económicos onde, para o bem e para o mal, tudo o que se passa tem verdadeiras e efetivas consequências ambientais. As ações que, potencialmente, maiores consequências ambientais terão, passam-se, naturalmente, a todas as escalas e níveis em todos os setores da atividade económica. Enquanto isso, menos Estado e melhor Estado é o que as empresas e os cidadãos esperam. Só um tecido empresarial forte pode responder ao desígnio do ambiente como um fator nacional de competitividade. Todos temos um papel nesta revolução. Ninguém fica de fora e as autarquias, como governos locais, têm uma particular responsabilidade. Fazer bem e sustentadamente não custa mais e é o mínimo que o cidadão exige: a constituição de riqueza coletiva não pode ser à custa da hipoteca do futuro.Façamos deste um tempo onde o ambiente possa contribuir para o desenvolvimento económico do país, designadamente através de políticas mais sustentáveis e ecoeficientes alcançando uma maior eficiência na utilização das matérias-primas (recursos) e da energia. Como na justiça, saúde ou educação, também no ambiente se pode fazer muito mais e melhor, o desafio é grande.Carlos A CupetoProfessor na Universidade de Évora - cupeto@uevora.pt

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