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Santarém no top 10 nacional dos municípios que mais tempo levam a pagar

Câmara escalabitana demorava em média 601 dias a honrar os seus compromissos no final de 2012. No Cartaxo esse prazo era de 521 dias. No campo oposto estão Vila Franca de Xira, Coruche e Constância, que pagam em menos de um mês aos fornecedores e prestadores de serviços.

A 31 de Dezembro de 2012 quatro municípios da área de abrangência de O MIRANTE levavam em média mais de um ano a pagar aos seus fornecedores e prestadores de serviços, muito acima dos 90 dias recomendados. Santarém, com uma média de 601 dias para honrar os seus compromissos, encontrava-se no nono lugar da tabela nacional, seguido de perto pelo município do Cartaxo (521 dias), no 13º lugar nacional. Nesses dois municípios o panorama não se deve ter alterado substancialmente desde o fim de 2012, pois a injecção de dinheiro prevista através do empréstimo do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) ainda não se registou, ao contrário do que já sucedeu noutros municípios que estavam a pagar em média a mais de um ano, como Azambuja (372 dias) e Chamusca (367), que já devem estar a liquidar as dívidas em atraso a credores. Sardoal (303 dias), Barquinha (181), Entroncamento (175) e Rio Maior (104) também já viram desbloqueados no primeiro trimestre de 2013 os empréstimos do PAEL e o prazo médio de pagamentos deve baixar durante o corrente ano. Mais problemática parece ser a situação de Tomar, que tinha uma média de pagamento de 153 dias mas viu o Tribunal de Contas chumbar-lhe o acesso ao PAEL.Vila Franca, Coruche e Constância exemplaresAbaixo da fasquia dos recomendáveis 90 dias como prazo máximo para pagamento das facturas estão treze municípios, com merecidos destaques para Vila Franca de Xira (12 dias), Coruche (15) e Constância (19) que assim mantêm um exemplar relacionamento com os seus fornecedores de bens e serviços.Também Alcanena (35 dias), Alpiarça (36), Benavente (39), Salvaterra de Magos (42), Mação (59), Ferreira do Zêzere (60), Abrantes (70), Golegã (70) e Ourém (79) estavam dentro dos parâmetros considerados aceitáveis. Com evolução particularmente positiva registam-se os casos de Alcanena, que do final de 2010 para final de 2012 passou de 476 dias de prazo médio de pagamento para os actuais 35, e de Alpiarça, que passou de 147 para 36. No campo oposto, Santarém, que tinha um prazo médio de 259 dias em 2010 e de 83 dias em 2011, passou para os 601 dias. O Cartaxo subiu dos 347 para os 521 dias em dois anos e Azambuja dos 97 para os 372 dias no mesmo período.A lista do prazo médio de pagamento por município em Dezembro de 2012, da responsabilidade da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) não menciona o município de Torres Novas, que também recorreu ao PAEL mas ainda não viu desbloqueadas as verbas do ambicionado empréstimo.“Câmara de Santarém prejudica economia local”Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, o presidente da concelhia de Santarém do PS lamentou que o município escalabitano esteja no top 10 nacional dos que mais tempo demoram a pagar aos seus credores. “Essa situação é muito prejudicial para a economia local, quando o município devia ser um parceiro dinamizador”, declarou Carlos Nestal que rebateu também a ideia de que a dívida da Câmara de Santarém tenha diminuído no último ano. Segundo diz, as contas consolidadas da autarquia e das empresas municipais revelam um ligeiro aumento de 105 milhões 922 mil euros em 2011 para 106 milhões e 33 mil euros em 2012. A dívida da câmara baixou, diz Nestal, porque foi transferida para as empresas municipais (Viver Santarém e Águas de Santarém).

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