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Fundadora da secção de ginástica do CUAB continua aos 81 anos a acompanhar a modalidade

Fundadora da secção de ginástica do CUAB continua aos 81 anos a acompanhar a modalidade

Clotilde Gaspar vai a todas as actividades da modalidade no concelho de Benavente

Quando implementou a modalidade em Benavente chegou a meter dinheiro do seu bolso para que as coisas andassem. Hoje lamenta que muita gente não queira dedicar-se às colectividades por não quererem ter responsabilidades.

Clotilde Gaspar é a fundadora da primeira secção de ginástica em Benavente e aos 81 anos continua a acompanhar todas as actividades da modalidade que se realizam no concelho. Como aconteceu recentemente com o 26º Festival de Ginástica - Fegiben. Foi há mais de 40 anos que Clotilde teve o sonho de incrementar a modalidade através da secção integrada no Clube União Artística Benaventense (CUAB). A ideia nasceu porque estava cansada de ter que se deslocar duas vezes por semana com as suas filhas para Samora Correia onde estas praticavam ginástica. “Na altura não existia praticamente nada em Benavente e acabou por ser um sucesso. Tínhamos mais de 100 pessoas a praticar ginástica de manutenção entre crianças e adultos”, recorda. As aulas decorriam numa das salas do Cine-Teatro de Benavente e tinham mais homens a praticar do que mulheres, ao contrário do que se verifica hoje em dia. Desde essa altura que a ginástica nunca mais parou de crescer no CUAB que hoje tem atletas que se destacam a nível competitivo na aeróbica e na acrobática. Hoje quando olha para as prestações de todas as atletas não esconde o que sente. “É como se fosse mais um filho que eu criei”, explica. Com a fundação da secção Clotilde passou a ser também praticante de ginástica de manutenção. Agora, confessa, já não tem energia nem pernas para grandes movimentos e dedica-se ao desporto de ver os outros a fazerem ginástica. Clotilde Gaspar conhece as dificuldades do movimento associativo não pela falta de praticantes das várias áreas, por exemplo, do desporto mas pelo cada vez maior afastamento das pessoas que podem ajudar a manter os clubes vivos. “É difícil arranjar pessoas para o associativismo. É preciso muito tempo, carolice, gosto e as pessoas também costumam fugir destas responsabilidades”, justifica. Na altura em que avançou com o projecto, recorda, chegou a pôr dinheiro do seu bolso na secção quando era preciso. “Mas valeu a pena porque quando se gosta mesmo daquilo que se faz não há dificuldades que impeçam o caminho, conclui.
Fundadora da secção de ginástica do CUAB continua aos 81 anos a acompanhar a modalidade

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