Os alunos finalistas do curso de Hotelaria/Restauração da Escola Profissional do Vale do Tejo (EPVT), em Santarém, apresentaram na terça-feira, 28 de Maio, as competências adquiridas ao longo dos três anos de formação nas vertentes cozinha/pastelaria e restaurante/bar. No banquete nenhum pormenor foi esquecido e os convidados tiveram a oportunidade de apreciar todas as iguarias, desde entradas até às sobremesas de diferentes culturas gastronómicas. No variado menu constavam a cozinha tradicional portuguesa, cozinha brasileira, conceito afrodisíaco, cozinha macrobiótica, entre outras. Os coktails não foram descurados no welcome drink e os vinhos das castas do Douro acompanharam o jantar.Requinte foi a palavra de ordem durante o evento que oficializou a componente prática da Prova de Aptidão Profissional (PAP) dos alunos de Hotelaria/Restauração. A degustar as iguarias estiveram directores de hotéis, empresários, autarcas, representantes de associações e instituições da região. Um júri externo, composto por membros ligados à hotelaria, avaliou o desempenho dos 36 alunos finalistas.A EPVT tem neste momento 300 alunos em regime diurno - em pós-laboral ministra formações - e distingue-se por ser a única escola do país estruturada de forma diferente, uma vez que foi criada por 30 empresários da região em parceria com a Câmara Municipal de Santarém (CMS). A escola tem todos os anos uma diversificada oferta lectiva, que vai desde o curso de Hotelaria/Restauração, para o qual foi efectuado um grande investimento em cozinhas e restaurantes pedagógicos, passando pelo curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, que tem sido outra das apostas.Acompanhar o percurso profissional dos alunos é uma preocupação da EPVT. “Fazemos um acompanhamento desde que abrimos a escola e conhecemos o percurso de quase todos os alunos, à excepção de 7 por cento”, refere Maria Salomé Rafael, presidente do Conselho de Administração da EPTV.Durante o jantar não faltou a animação musical a dar um ambiente intimista, naquele que se espera ser o início de um promissor percurso profissional para todos os finalistas.Alunos conquistam pelo estômago O profissionalismo dos alunos e a dedicação foram demonstrados na apresentação das iguarias confeccionadas e nas bebidas meticulosamente preparadas para todos os convidados. Daniel Casanova, 19 anos, é um apaixonado pela vertente bar. O gin é a bebida que mais gosta de trabalhar, porque dá para utilizar com muitas especiarias e variadas frutas. Já tentou fazer algumas criações suas mas “nunca saiu nada de extraordinário”, confessa a O MIRANTE. O finalista do curso de Hotelaria/Restauração decidiu enveredar por esta área por influência familiar. Deu os primeiros passos com o irmão, mas foi a ânsia de querer aprender mais que o trouxe até à EPVT. Depois do estágio, passo que se segue, vai aproveitar para decidir se quer enveredar de imediato no mundo do trabalho ou continuar a estudar na área da Gestão Hoteleira para um dia ter a oportunidade de abrir o seu próprio negócio.Carlos Nunes, 21 anos, é um adepto da cozinha tradicional portuguesa, apesar do seu grupo de trabalho ser responsável pelo projecto de cozinha tradicional japonesa. Antes de ingressar na EPVT, Carlos trabalhou para o pai e foi incrementando o seu gosto pela culinária. Já teve a oportunidade de trabalhar num hotel em Málaga, uma aposta da EPTV que proporciona aos alunos a possibilidade de efectuarem estágios e absorverem as culturas gastronómicas de outros países. Uma nova etapa aguarda os alunos finalistas da EPVT, os quais esperam ter um lugar no mercado de trabalho, seja em Portugal ou além-fronteiras, para que possam levar os sabores gastronómicos do país mais longe.