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Desapareceram vários equipamentos e artigos da SFUS de Samora Correia

Desapareceram vários equipamentos e artigos da SFUS de Samora Correia

Não se sabe de uma máquina de projecção histórica nem o que foi feito de uma carrinha
Ninguém sabe onde pára uma máquina de projecção de filmes usada pelo antigo dirigente associativo Carlos Gaspar (1922-1988) que devia estar nas instalações da Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS). A situação originou a revolta dos sócios reunidos em assembleia-geral mas a polémica não se ficou por aí, com alguns a contestarem a decisão de mandarem para o lixo uma máquina de costura avaliada em 1500 euros. Do inventário feito em 2003 descobriu-se que desapareceu também uma carrinha de transporte de mercadorias, computadores, uma televisão e até dois pares de sapatos que custaram no total mais de 1200 euros. Perante uma centena de sócios, o presidente cessante da SFUS, José da Avó, garante que existem documentos que atestam a doação da máquina histórica mas garante que desde que chegou à colectividade, em 2011, nunca a viu. “Disseram-me que a tinham visto em três sítios diferentes mas não a encontrei”, assume o dirigente que tratou de mandar fazer recentemente um inventário de todo o património da SFUS. Quanto à máquina de costura José da Avó explicou que esta “estava cheia de ferrugem e faltavam-lhe peças. Não funcionava e não servia para nada”. O que irritou um dos sócios, Júlio Pereira, que chegou a propor a criação de uma comissão para investigar o paradeiro das máquinas. “Tenho mais de 60 anos de associado. O património da SFUS não pode ser assim delapidado e isto mexe comigo porque dei muito a esta casa. Temos de saber para onde foi parar a máquina de filmar e quero também saber em que lixo está a máquina de costura”, desabafou.A direcção, que agora cessou funções e que estava a gerir a colectividade desde 2011, não conseguiu encontrar alguns dos itens inscritos no inventário de 2003. Presume-se que a carrinha Ford Transit com um valor estimado de perto de 12 mil euros terá sido vendida, mas o dinheiro nunca entrou nas contas da sociedade. Também não se sabe o que foi feito a dois computadores, um no valor de mil euros e o outro estimado em dois mil euros; uma televisão avaliada em 448 euros; uma mesa de mistura de som; um par de sapatos de mulher avaliado em 616 euros e um par de sapatos de homem avaliado com o mesmo valor. A SFUS conta com um património líquido de mais de 437 mil euros. Esclarecimento sobre acumulação de funções da tesoureiraA questão da tesoureira da direcção, Ana Sequeira, que acumula o cargo de professora das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) através da SFUS também veio à baila. Segundo os estatutos da SFUS, “o exercício dos cargos dos corpos gerentes e da mesa da assembleia geral não é remunerado”. Um parecer de um escritório de advogados refere que nenhum associado desta ou de outra direcção se encontra legalmente impedido de lhe prestar serviços se tal tiver sido aprovado pelo órgão de gestão. O associado não pode contudo votar nas matérias em que haja conflitos de interesse entre si e a associação. O parecer diz ainda que o tesoureiro deve abster-se de intervir nas decisões e ordens de pagamento dos serviços prestados por todos os docentes contratados no âmbito do mesmo protocolo. Um parecer da Câmara de Benavente aponta no mesmo sentido.Sessão conturbada com sócios a obrigar realização de eleiçõesNa última assembleia-geral da SFUS na sexta-feira, 21 de Junho, foi eleito um novo presidente. Domingos Pepino, 58 anos, aposentado e a trabalhar com a equipa José da Avó desde o início acabou por vencer as eleições com 66 votos. A outra lista liderada por Francisco Cordeiro, funcionário público, obteve 22 votos. Houve ainda dois votos nulos e quatro em branco. Domingos Pepino prometeu dar continuidade ao trabalho realizado, sem se meter em grandes aventuras. Francisco Cordeiro não se conformou com a derrota e garantiu que vai analisar o que aconteceu para decidir depois se avança ou não com uma acção para impugnar as eleições. O presidente da assembleia chegou a propor o adiamento das eleições porque ainda não foi emitido o parecer do conselho fiscal sobre as contas de 2012. Mas os sócios contestaram e obrigaram a mesa a prosseguir com o acto eleitoral. Dos três elementos que compõem o conselho fiscal, um emigrou, o outro recusa-se a aparecer e só o presidente, Daniel Brites, marcou presença, revelando que sem estes dois elementos não consegue dar o parecer.
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