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Paulo Gonçalves

Paulo Gonçalves

Empresário, 41 anos, Vila Franca de Xira

“Antes de estar este primeiro-ministro estava outro e as coisas já se encaminhavam para este desfecho. Quem vem a seguir piora sempre a situação, nunca melhora. Eu não era capaz de dar o rosto por uma candidatura política. Nunca me meteria nisso. Não gosto de política”* * *“Acho que devemos ter esperança que venham dias melhores. Na conjuntura actual as coisas não estão famosas, com cortes atrás de cortes impostos pelo Governo. Temos de esperar e ter esperança que as coisas melhorem. Ainda sou relativamente novo mas os nossos avós e pais passaram por bem pior que nós”* * *“A beleza conta mas a personalidade da pessoa é mais importante. Que importa ser uma mulher bonita se depois, no que toca à personalidade, não é grande coisa?”

Era capaz de lançar um petardo num jogo de futebol?Não. Um jogo de futebol é uma festa, é para se viver o espectáculo, não é para lançar foguetes. Quem faz isso são pessoas que não sabem estar em público e apreciar um jogo de futebol. Uma pessoa vai para se divertir e com essas atitudes a festa pode tornar-se perigosa. Hoje em dia continuo a gostar de futebol, embora já tenha gostado mais. Já não sou pessoa de discutir futebol até à morte.Pão de milho ou pão de trigo?De milho, claro. Gosto mais. É como o café. Prefiro o café ao descafeinado. Abri o café Chave de Ouro há dois meses, o balanço tem sido positivo, estamos a tentar levantar este estabelecimento e estamos a conseguir. Felizmente não tenho tido clientes a pedir para assentar a despesa no rol, talvez porque sabem que não fiamos. Mas temos recebido pedidos de apoio de algumas instituições e aí temos apoiado na medida das nossas capacidades.Tem medo do futuro?Não. Acho que devemos ter esperança que venham dias melhores. Na conjuntura actual as coisas não estão famosas, com cortes atrás de cortes impostos pelo Governo. Temos de esperar e ter esperança que as coisas melhorem. Ainda sou relativamente novo mas os nossos avós e pais passaram por bem pior que nós. O futuro o dirá mas acho que não vamos chegar a esse ponto pior, onde já estivemos. Não tenho nenhuma superstição mas acredito que as coisas vão melhorar. Qual é o seu maior medo?O meu maior medo continua a ser o das alturas. Sou pessoa de me chegar à beira de um precipício, mas não fico lá muito tempo.Tem algum ingrediente que não dispense num tacho de caracóis?Não, desde que os caracóis estejam bem confeccionados como de tudo (risos). Mas têm de ser bem feitos.Do que mais gosta numa mulher?Da personalidade. A beleza conta mas a personalidade da pessoa é mais importante. Que importa ser uma mulher bonita se depois, no que toca à personalidade, não é grande coisa?A nova biblioteca de Vila Franca será útil para a cidade?Acho que é importante, para dar dinâmica à zona da fábrica do arroz. Para nós, comerciantes, pode também ser positivo, porque tudo o que surja e que traga pessoas para o centro de Vila Franca é bem-vindo. O centro da cidade precisa de ser dinamizado. Estou aqui há pouco tempo mas noto que há poucas pessoas ao fim-de-semana nas ruas. Lisboa está a dois passos. Nota-se mais movimento durante a semana. Há também um grave problema que toda a gente se queixa, que é a falta de estacionamento. Falta um silo automóvel que traga mais pessoas para o centro.Aceitava participar numa corrida de carrinhos de rolamentos?Aceitava, apesar de não correr há muitos anos. Quando era miúdo era um pouco traquina. Cheguei a fazer algumas extravagâncias. Pôr palitos nas campainhas para ficarem a tocar eternamente ou atirar sacos de plástico com água do terceiro andar dos prédios (risos). Eram traquinices mais saudáveis do que as que se fazem hoje.Que prenda dava a Passos Coelho?Dava-lhe um cheque de viagem. Para ir passar umas férias no estrangeiro. A viagem dele era uma oportunidade para dar lugar a outro e ver no que dava. Antes de estar este primeiro-ministro estava outro e as coisas já se encaminhavam para este desfecho. Quem vem a seguir piora sempre a situação, nunca melhora. Eu não era capaz de dar o rosto por uma candidatura política. Nunca me meteria nisso. Não gosto de política.
Paulo Gonçalves

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