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Os independentes e o descrédito dos partidos

O surgimento de tantas candidaturas independentes nestas eleições autárquicas vem reforçar o descrédito dos partidos políticos. O facto de muitas candidaturas independentes terem como protagonistas ex-elementos de partidos políticos ou independentes que integraram anteriormente listas de partidos políticos, reforça esta conclusão. Em primeiro lugar os partidos políticos deixaram de ter ideologias políticas diferentes. Estar num ou noutro é quase a mesma coisa. Não há um pano de fundo para cada programa. Não há uma ideia global para cada concelho ou freguesia. Cada um limita-se a juntar ideias avulso num pacote tipo caderno de encargos. O problema não é um mesmo assunto constar em vários programas de candidatos num mesmo município. O que era exigível é que cada partido explicasse porque defende a concretização de determinada medida no quadro de um todo programático. E, já agora, que definisse um quadro de prioridades com base no mesmo, tendo em conta que é impossível fazer tudo o que os eleitores querem por manifesta falta de meios. Como nada disto é feito não existem diferenças significativas entre partidos políticos e entre estes e as candidaturas independentes. Todos navegam ao sabor das modas e do que consideram ser o progresso e o desenvolvimento. Um relvado sintético, saneamento em determinado local, uma escola nova, transportes urbanos, uma piscina, um novo mercado, recolha do lixo nocturna, estacionamento gratuito...etc, etc...etc...É o sistema de quem dá mais e é por isso que, muito justamente, há eleitores (penso que cada vez mais) que escolhem os candidatos pela fisionomia ou tipo de roupa, pensando ter descoberto ali mais ou menos credibilidade.Adílio Lopes

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