A candidata da coligação PSD-CDS/PP à Câmara de Alcanena, a professora Susana Aparício, quer “um novo rumo” para o concelho que passa por uma gestão autárquica aberta e por objectivos, pela optimização dos recursos locais, pela criação de emprego e angariação de investidores nacionais e estrangeiros e ainda pela criação de um gabinete do investidor para ajudar o concelho a progredir. “Os munícipes devem poder olhar para as contas camarárias e perceberem quanto dinheiro é gasto, onde é gasto e como é gasto”, atesta Susana Aparício, considerando ainda que existe, actualmente, uma falta de organização e coordenação na gestão inter-freguesias e ainda uma desvalorização dos recursos humanos do município. A candidata de 54 anos e presidente da Junta de Freguesia de Monsanto há 16 anos (eleita pelos MICA - Movimento Independente pelo Concelho de Alcanena) conseguiu, para já, conquistar o apoios de alguns elementos que integravam outras facções políticas, contando com António Branco, antigo presidente da assembleia municipal eleito pelo ICA, como mandatário da sua candidatura. O número dois da lista é o empresário Alexandre Pires. Na Casa do Povo de Monsanto, onde no domingo, 30 de Junho, decorreu a apresentação oficial da sua candidatura, sob o lema “Novo Rumo”, encontravam-se dezenas de apoiantes, entre eles Luís Marques Mendes, Isaura Morais, presidente da distrital do PSD, e Vasco Matafome, presidente da distrital do CDS-PP. Com o tema “Seja agora” dos Deolinda a tocar em fundo, na ocasião foi ainda apresentada a advogada Ana Salomé Martins, 45 anos, como candidata à assembleia municipal pela coligação PSD/CDS-PP. “Não contem comigo para prometer o que não posso cumprir. Contem comigo para trabalhar com uma equipa coesa, responsável e dinâmica que conhece os problemas reais do concelho”, disse Susana Aparício.Marques Mendes referiu que, apesar de estar retirado da vida política activa, abriu uma excepção para estar em Alcanena nesse dia porque acredita na candidata Susana Aparício, até porque é independente. “É uma candidata de enormíssima qualidade. É uma mulher independente, apoiada por dois partidos. Pensa pela sua cabeça, age de forma livre e independente. Não está aqui para se servir da política mas para servir a sua comunidade”, disse, acrescentando que o facto de ser presidente de junta de freguesia há 16 anos lhe suscita admiração pois ser autarca nas freguesias é um “acto de carolice”. Isaura Morais, presidente da distrital do PSD, frisou que há quatro anos estava numa situação idêntica à de Susana Aparício, uma vez que antes de ser candidata à presidência da Câmara de Rio Maior também era presidente de junta, vaticinando que terá igual sucesso. Já Vasco Matafome, líder distrital do CDS-PP, considera que as eleições são sempre um exame para os executivos camarários e que o actual (liderado pela socialista Fernanda Asseiceira) “chumbou no exame”. Susana Aparício explicou porque aceitou este desafio. “Move-me o amor ao concelho e sentir que posso colocar ao serviço das pessoas o conhecimento adquirido ao longo de vinte anos de vida autárquica. Move-me a tristeza, ao olhar para os últimos trinta anos, de ver o meu concelho cada vez mais paralisado. Estou preparada para assumir a presidência da Câmara Municipal de Alcanena”, sublinhou. António Fresco é candidato em MindeO actual presidente da Junta de Freguesia de Minde, António Augusto Fresco, 69 anos, volta a candidatar-se ao cargo desta feita pela coligação PSD/CDS-PP, esclarecendo que esta viragem nada mais é do que o regresso às suas bases. Há quatro anos, o autarca foi eleito, como independente, nas listas do ICA mas foi eleito, recentemente, presidente da concelhia do CDS-PP de Alcanena.