A Câmara de Torres Novas deve 36.244 euros de senhas de presença aos eleitos da assembleia municipal, pela sua participação nas sessões desse órgão autárquico, a que se juntam mais 4.189 euros de senhas de presença por liquidar aos vereadores da câmara sem tempo atribuído pela comparência nas reuniões do executivo. A dívida tem vindo a acumular-se ao longo deste mandato, tendo evoluído, no caso dos eleitos da assembleia municipal, dos 7.538 euros no final de 2010 para o valor actual quase cinco vezes superior.Essas informações constam da documentação fornecida aos eleitos da Assembleia Municipal de Torres Novas no âmbito da sessão realizada no final de Junho, onde se constata que a dívida total da Câmara de Torres Novas anda pelos 32,1 milhões de euros. Mesmo assim, a autarquia, liderada pelo socialista António Rodrigues, conseguiu abater cerca de 2,7 milhões de euros na dívida total na primeira metade deste ano.A dívida de curto prazo a fornecedores, instituições e outras entidades (como é o caso dos eleitos da assembleia municipal) anda pelos 14,7 milhões de euros, sendo na sua maioria a empresas fornecedoras de bens e serviços. Destacam-se também dívidas como a de 451.565 euros às juntas de freguesia, os 199.867 euros aos bombeiros locais, os 180.538 euros a centros culturais e recreativos e os 62.654 euros a clubes desportivos. A dívida a entidades públicas anda pelos 810 mil euros.Entre o final de 2009 e Maio de 2013, a dívida de curto prazo da autarquia passou dos 9,553 milhões de euros para os actuais 14,678 milhões, tendo atingido o pico, no actual mandato, no final de 2012 quando se cifrava nos 18,897 milhões de euros. Já a dívida de média e longo prazo, sobretudo à banca, é agora de 16,794 milhões de euros, cerca de 8 milhões de euros a menos que o valor registado no final de 2009, que era de 24,804 milhões de euros. A Câmara Municipal de Torres Novas foi uma das que, na região, se candidatou ao PAEL (Plano de Apoio à Economia Local), uma linha de crédito criada pelo Governo para as autarquias poderem pagar grande parte das suas dívidas de curto prazo vencidas até final de 2011, que no caso torrejano andava pelos 10,089 milhões de euros. O financiamento pedido pela autarquia para liquidar dívidas antigas é de 7.481.185 euros (a amortizar depois em prestações mensais durante 14 anos), mas a candidatura ainda não obteve o visto do Tribunal de Contas, à semelhança do que acontece com a candidatura do município do Cartaxo.