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Empresas que nascem no “InovPoint” do TagusValley partilham experiências

Empresas que nascem no “InovPoint” do TagusValley partilham experiências

A Oil and Wines (OW) e Mercof apostam, em exclusivo, no mercado internacional
O mercado externo constitui a grande aposta de duas novas microempresas admitidas na incubadora InovPoint do TagusValley, em Alferrarede, no concelho de Abrantes, que apresentaram os seus projectos durante um lanche empresarial no dia 15 de Julho. Miguel Abreu e José Ribeiro deram conta que a Oil and Wines (OW) foi criada há cerca de três anos com o objectivo de criar marcas, dos azeite ao vinho, destinadas ao mercado internacional. A explicação é simples: é mais rentável que o nacional e, por isso, uma alternativa a ter em conta. “Em Portugal as grandes superfícies espremem tanto os produtores que não compensa. A exportação, mesmo não sendo fácil, é uma alternativa apetecível”, considera Miguel Abreu. O empresário divulgou aos presentes que a OW teve a possibilidade de criar e lançar no mercado moçambicano um vinho do Ribatejo - o Prius - salientando que tanto o vinho como o azeite provêm de parceiros da região. No processo contou com o apoio da rede da TagusValley e da sua incubadora de empresas, promovendo uma espécie de concurso até conseguir seleccionar o nome do produto. “A OW tinha o vinho da Quinta do Falcão (em Vila Chã de Ourique) e o mercado, mas faltava o resto. Recebemos cerca de 300 nomes, dos quais fizemos uma pré-selecção de 20 e depois escolhemos três para submeter à aprovação. Neste processo, dois ficaram pelo caminho e ficou o Prius, que acabou por ser o nome escolhido para a marca de vinhos que agora lançamos”, explicou o empresário.Também António Costa, um abrantino que reside em Vila de Rei, apresentou a Mercof, Unipessoal, constituída há um mês mas com projecto há um ano, que pretende ser um centro de recrutamento de trabalhadores para o estrangeiro. O antigo emigrante em França, onde esteve entre 2001 e 2006, está em contraciclo, tendo regressado a Portugal porque a filha “pensava que o pai vivia no Skype” (rede de conversação virtual).Aqui chegado e face ao estado actual do país, percebeu que há muitos cidadãos que procuram trabalho noutras paragens. “Depois de recebermos currículos tentamos, por via da nossa base de dados, garantir emprego aos inscritos. Mas são as empresas nossas parceiras que os seleccionam”, atesta António Costa. A Mercof presta apoio nos primeiros três meses ao novo emigrante, ajudando-os a encontrar residência, a abrir conta num banco ou fazer a sua inscrição na segurança social. “A pessoa não sai daqui sem um contrato de trabalho”, refere. Apesar de trabalhar essencialmente na área dos recursos humanos, a empresa também faz os concursos para obras internacionais. A inscrição na Mercof pode ser feita através do Facebook, site ou telefone da empresa, bastando depois aguardar a proposta. “O nosso mercado é muito pequeno. A lógica da internacionalização é importante para que as empresas possam crescer, ter mercado e internacionalização”, considera Homero Cardoso, responsável pela incubadora InovPoint. Homero Cardoso anunciou que o InovPoint integra um conjunto de redes internacionais de empresas, onde os empresários podem colocar a sua proposta de valor no mercado externo. “São oportunidades para o mercado europeu mas que de nada servem se não forem aproveitados por vós”, considerou, acrescentando que o Tagusvalley é uma estrutura não de Abrantes mas para toda a região. Pedro Saraiva, coordenador da Tagusvalley, felicitou a participação dos empresários neste lanche empresarial, salientando a importância de trabalharem em rede, numa óptica de partilha de serviços, infra-estruturas, de equipa técnica e conhecimento. “Esta é uma oportunidade de enriquecermos, não no sentido monetário mas mutuamente”, atestou.
Empresas que nascem no “InovPoint” do TagusValley partilham experiências

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