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Arqueólogos do Politécnico de Tomar descobrem vestígios com cerca de dois mil anos

Um grupo de arqueólogos do Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e do Grupo de Pesquisa de Educação Patrimonial e Arqueologia, da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) descobriram, na última semana, novos vestígios de ocupação humana datadas da época clássica durante uma escavação no interior da gruta do Bacelinho, em Alvaiázere. A cavidade, uma antiga mina romana, possui mais de 500m2 e uma humidade relativa bastante alta, integrando-a nas metodologias da arqueologia subaquática. Entre os vários objectos exumados destacam-se os elementos metálicos, alguns de armamento pertencentes aos militares que guardavam a mina, como é o caso de duas espadas, uma ponta de seta e parte de uma ponta de lança. Foram ainda exumadas diversas vasilhas de diferentes tipologias, lamparinas comummente utilizadas para iluminação de locais fechados e fragmentos de pequenos recipientes em vidro. Os vestígios apontam ainda para a existência de estruturas de lareiras e áreas de pernoita. O material recuperado encontra-se a ser processado no laboratório de campo, pela equipa de conservação, coordenada por Cláudio Monteiro, em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Alvaiázere, com vista a uma estabilização eficaz dos objectos e o seu correcto acondicionamento até ao Laboratório de Arqueologia e Conservação do Património Subaquático. A coordenadora do projecto, Alexandra Figueiredo, do IPT, considera que o estudo permite compreender melhor a ocupação romana na região de Alvaiázere e o processo de exploração mineiro que era empreendido por estes habitantes. Refere, ainda, que o facto de ser uma gruta com um ambiente tão particular garante uma oportunidade única aos alunos de arqueologia subaquática, que participam nos trabalhos, no decurso do seu estágio. Os trabalhos vão continuar até final de Julho, pelo que alguns dos vestígios recuperados poderão ser visionados em Setembro no Museu Nacional de Arqueologia e no Museu Municipal de Alvaiázere.

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