Cruz Vermelha de Manique do Intendente encerra
A delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Manique do Intendente, Azambuja, encerrou e deixou cinco pessoas no desemprego. O processo de liquidação da instituição vai ser gerido pelo coordenador dos núcleos de Santarém, Cartaxo e Rio Maior. O presidente da Câmara de Azambuja em exercício, Luís de Sousa, reuniu com responsáveis da Cruz Vermelha e refere que o fecho da delegação tem a ver com actos de gestão e com demasiados encargos financeiros assumidos que não são cobertos pelas receitas actuais. Os últimos dirigentes da delegação contactados por O MIRANTE justificam que as dificuldades se prendem com a quebra das receitas nos últimos anos, que foi abrupta. Presidente entre Novembro de 2012 e Junho último, Arlindo Gomes, responsabiliza mesmo o Estado e a Câmara de Azambuja pelas dificuldades causadas. “O Estado deixou de comparticipar o transporte de doentes, enquanto a câmara rescindiu unilateralmente o protocolo que tinha com a delegação e nem sequer avisou. Em vez de receber o apoio previsto ficámos com uma dívida de quase 40 mil euros”, exemplificou. O antigo dirigente salienta que a delegação tem património valioso que está pago, como oito ambulâncias e um jipe. “O problema é haver mil euros mensais de prejuízo”, justifica. O fundador da delegação e ex-presidente, Narciso Ajuda, diz sentir-se triste com a situação e reconhece que a estrutura da instituição é pesada. Luís de Sousa não exclui as dificuldades originadas com o fim do protocolo com a autarquia mas aponta o dedo aos últimos governos por “terem incentivado delegações da Cruz Vermelha e bombeiros a adquirirem viaturas para o transporte de doentes e cortarem-lhes os apoios de repente”. Acrescenta que no final do ano o assunto deve voltar a ser analisado para ver se há possibilidades de reactivar a delegação.
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