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Instituições de Vila Franca admitem recusar receber refeições com carne de cavalo

Instituições de Vila Franca admitem recusar receber refeições com carne de cavalo

Foi determinado entregar a associações de solidariedade os produtos apreendidos pela ASAE em Fevereiro
Várias instituições de solidariedade social do concelho de Vila Franca de Xira não estão com vontade de receber as refeições com vestígios de carne de cavalo que tinham sido apreendidas em Fevereiro pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). A Procuradoria-Geral da República decidiu permitir a entrega dos alimentos a instituições e fonte do Banco Alimentar Contra a Fome admite vir a receber os produtos e nesse caso a distribuí-los também no concelho de Vila Franca. “Nem sequer sabemos como essa carne foi armazenada durante este tempo. Não podemos correr nenhum risco, em princípio não aceitaremos, porque se alguma coisa corre mal depois ninguém assume a responsabilidade”, nota Fernando Rosa, presidente do Centro de Apoio Social do Bom Sucesso e Arcena (CASBA). Também José Casaleiro, presidente da Associação Popular de Apoio à Criança (APAC), da Póvoa de Santa Iria, confessa que a associação “não deverá aceitar” a carne apesar de haver “cada vez mais fome” na zona.José Casaleiro diz que mesmo havendo uma “garantia séria de que o consumo dos produtos não acarreta problemas para a saúde” tem “sérias interrogações”. Vasco Matos, presidente da Associação de Bem-Estar Infantil de Vialonga (ABEIV) diz que se tiver garantias de que as refeições com carne de cavalo estão em condições não tem problemas em aceitá-las mas não as vai inserir nas ementas das crianças. O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, já tinha elogiado publicamente a decisão de entregar esses alimentos às instituições, por se tratar de uma altura em que os pedidos de ajuda aumentam quase todos os dias.A decisão de entregar a carne a instituições resulta do facto de sete dos 14 inquéritos instaurados pelo Ministério Público, um deles na comarca de Vila Franca de Xira, terem sido arquivados. De entre as refeições apreendidas estavam lasanhas, canelones, hambúrgueres e almôndegas. Em todo o país foram apreendidas 79 toneladas de carne, por suspeita de conterem carne de cavalo que não estava descrita nos rótulos. Na altura a ASAE veio dizer que apesar da retirada dos produtos não havia riscos para a saúde. O Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa, de onde sai a maior parte dos alimentos que são distribuídos no concelho de Vila Franca, diz que ainda não recebeu qualquer produto da PGR, apesar de se ter mostrado disponível para os receber.
Instituições de Vila Franca admitem recusar receber refeições com carne de cavalo

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