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Tiro com Arco do Grupo Desportivo de Azambuja quer crescer em número de praticantes e resultados

Tiro com Arco do Grupo Desportivo de Azambuja quer crescer em número de praticantes e resultados

Para quem se quer iniciar na modalidade a secção proporciona o material necessário durante um mês de treinos no seu pavilhão

Secção e equipa dirigida por Adriano Dias apostam em juniores campeões nacionais para atacar os títulos nacionais de seniores em tiro com arco de campo e de sala nos próximos anos. Tem oito atiradores provenientes de Azambuja, Vila Franca de Xira, Benavente, Carregado e Santarém e está aberta a receber mais interessados em praticar uma modalidade exigente física e mentalmente.

A secção de Tiro com Arco do Grupo Desportivo de Azambuja (GDA) conquistou 25 títulos do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, em diversas categorias, desde 1995, três anos depois de ter sido criada. Essa onda de vitórias foi protagonizada, em anos recentes, por atletas juniores masculinos e femininos, o que o clube pretende capitalizar para chamar mais praticantes à modalidade e obter mais títulos em seniores.Nas últimas épocas João Vicente destacou-se com três títulos juniores de tiro com arco recurvo, dois de campo e um de sala, entre 2011 e 2012 (ver caixa). Em 2012-2013, a júnior Olga Mendes deu mais dois título à secção em campo e sala, e foi também campeã colectiva em conjunto com as irmãs Inês e Filipa Dionísio.Adriano Dias, responsável da secção e treinador, diz que há caminho a percorrer para chamar mais atiradores, tanto que a secção tem apenas oito atletas e só um é de Azambuja. Os restantes chegam de Santarém, Benavente, Vila Franca de Xira e Carregado. Organiza quatro das oito provas nacionais do campeonato de campo e do campeonato de sala.O trajecto para se ser atirador de tiro com arco não é fácil, não basta pensar que se tem boa pontaria, aparecer nos treinos e começar a disparar. “O primeiro a aprender são as regras de segurança, passando-se depois para o conhecimento do material, o que leva dois meses no mínimo. O terceiro passo é a sequência de tiro. Para se começar a atirar em provas federadas é necessário um tempo mínimo de ano e ano e meio”, explica Adriano Dias. Talvez por isso nem todos resistam a ficar tanto tempo. O técnico refere que quem gostar da modalidade tem de mostrar persistência até chegar a sua oportunidade.Segurança primeiro, técnica depoisAs provas disputam-se em campo (ar livre) ou em sala (pavilhão). Os homens disparam até distâncias de 90 metros, enquanto as senhoras se ficam por um máximo de 70 metros. Cada prova é composta de seis tiros a um alvo quadrado com um máximo de 60 pontos e 360 pontos máximos no total. “Quanto ao material, os melhores arcos exercem uma força de 18 quilos quando se puxa a corda. Não é para qualquer um ter quatro minutos para fazer seis tiros com a máxima precisão. Daí a força física também contar bastante”, exemplifica Adriano Dias. O arco é composto por punho, palhetas e corda. Carbono e alumínio são os materiais mais presentes quer nos arcos como nas flechas.Para quem se quer iniciar na modalidade a secção de tiro com arco do GDA proporciona o material necessário durante um mês de treinos no seu pavilhão. Decorrem três vezes por semana, às terças, quintas e sextas-feiras, entre as 21h00 e as 23h00. Os interessados em continuar a modalidade devem adquirir material que, para iniciados, se vende nalgumas lojas de desporto por 70 euros.De resto, Adriano Dias só lamenta que se esteja a desinvestir no desporto escolar, onde o tiro com arco era modalidade integrada em escolas de Azambuja e Vila Franca de Xira. “O tiro com arco pode até ser uma experiência importante para jovens hiperactivos em matéria de disciplina e concentração”, alerta.João Vicente, campeão nacional júnior, tem planos para regressar à modalidadeJoão Vicente, 21 anos, é o máximo expoente do Tiro com Arco do GDA e o único atleta residente, já que vive em Casais de Baixo, arredores de Azambuja. Já conquistou dois campeonatos nacionais em campo e um em sala entre 2011 e 2012 na categoria de juniores. Para se concentrar no ensino superior no curso de Educação Física e Desporto Escolar na Universidade Lusófona, esta época não esteve em competição mas tem planos para voltar ao GDA na época 2014-2015. Curiosamente foi uma lesão no futebol ainda novo que despertou João Vicente para a descoberta de uma modalidade totalmente diferente. “Experimentei, gostei e comecei a ir mais vezes e já cá estou há oito anos. O bichinho que pega, fica. O tiro com arco é uma modalidade exigente mas já consegui títulos nacionais e idas à selecção nacional”, recorda com saudade. O tiro com arco é modalidade exigente, tanto a nível físico como mental, em que as questões de segurança estão em primeiro lugar. Numa ocasião nas Caldas da Rainha onde estava a atirar a 90 metros a seta disparada não atingiu os pontos no alvo mas fez uma vítima: um pombo que atravessou o campo no momento do disparo foi trespassado pela flecha de carbono. “Lidamos com armas letais, cumprir regras de segurança é a prioridade”, acrescenta.
Tiro com Arco do Grupo Desportivo de Azambuja quer crescer em número de praticantes e resultados

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