Tomar recebe no próximo fim-de-semana, entre 13 e 15 de Setembro, a quarta edição do Festival de Estátuas Vivas. Este ano, a temática escolhida são as histórias contadas pelos grandes escritores, com os artistas da imobilidade, nacionais e estrangeiros, a recriarem clássicos como a “Ilha dos Amores”, de Camões, o “Mostrengo” de Fernando Pessoa, a “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, ou o “Sermão de Santo António aos Peixes”, do Padre António Vieira. O festival começa na manhã de sexta-feira, 13, com os Madonnari Street Painting, de Nápoles (Itália) a darem os primeiros retoques na sua grande pintura 3D no chão, em frente à igreja de S. João Baptista. À noite chegam os artistas, com a reposição de algumas das melhores performances da edição anterior. Nas manhãs de sábado e domingo, o Mouchão será palco para as “Histórias aos Quadradinhos” deste ano, com 20 jovens oriundos das escolas tomarenses a inspirarem-se num clássico da literatura universal, “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Também para os mais novos, à tarde, junto à margem esquerda do rio e ao parque infantil, haverá divertimento garantido na Via Verde Júnior com jogos, insufláveis, pinturas faciais e muitas outras actividades. No sábado de tarde, a partir das 17h30, os quadros estendem-se desde a Capela de Santa Iria, onde tem início o festival, até à Corredoura e Praça da República, onde se desenrolam as cenas da obra de José Saramago. Em seguida, os quadros sobem até ao Castelo Templário e Convento de Cristo, onde vão ser protagonizadas imagens dos trovadores medievais, dos cronistas régios e dos personagens de Gil Vicente. Pela primeira vez, o festival estende-se à Ermida de Nossa Senhora da Conceição. Ao redor desta capela, localizada num morro com vista panorâmica para a cidade, vai ser recriado “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett. Tal como nas edições anteriores, os visitantes podem ainda apreciar, extra-concurso, a performance de António Santos que, depois de o ano passado aqui ter batido o recorde mundial de imobilidade em suspensão, vai este ano representar-se a si próprio, Staticman, personagem central do romance “Jardim sem limites” de Lídia Jorge. Aderindo ao convite da organização, vinte e três restaurantes vão fazer “Cultura de Faca e Garfo”, inspirando-se nos livros para a elaboração das ementas e decoração dos seus espaços. Os vencedores do festival serão anunciados no domingo, 15 de Setembro, pelas 20h00, na Praça da República. Todas as iniciativas do festival, uma organização da Máquina do Tempo (parceria Câmara Municipal de Tomar, Escola EB 2, 3 Nuno Álvares Pereira, Convento de Cristo/DGPC e Instituto Politécnico de Tomar), co-financiada pelo QREN através do programa Mais Centro - e com o apoio da Coca-Cola, Continente, CP, Refer, SIC e Turismo de Lisboa e Vale do Tejo - têm entrada livre. Mais informações em www.estatuasvivas.com.