Homem julgado por estrangular a mulher até à morte com atacador de sapato
O homem acusado de ter estrangulado a mulher até à morte com um atacador de um sapato, na sequência de uma discussão ocorrida na casa do casal, em Alverca do Ribatejo, vai começar a ser julgado no Tribunal de Vila Franca de Xira no dia 23 de Setembro.O arguido, de 42 anos e em prisão preventiva, está acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida. Segundo a acusação do MP, a que a agência Lusa teve acesso, o arguido foi casado com Mislene Pires, de 38 anos, mas “as discussões entre ambos eram frequentes”.Em Dezembro de 2012, a vítima pensou em regressar ao Brasil, de onde era natural, e obteve informação sobre o preço da passagem aérea e dos objectos que poderia levar consigo. De acordo com o MP, “por causa da conflitualidade existente, entraram ambos de baixa médica”.Na noite de 7 de Dezembro de 2012, o arguido “envolveu-se mais uma vez em discussão” com a vítima, no interior da residência do casal, na zona do Bom Sucesso, Alverca do Ribatejo, “por questões relacionadas com o facto de ela não ter procedido à entrega, na sua entidade patronal, dos documentos relativos à sua baixa médica”.A acusação sustenta que, “no decurso da discussão e irritado com essa omissão”, o alegado agressor “abeirou-se da vítima que se encontrava no corredor, colocou-lhe um atacador de um sapato/ténis à volta do pescoço e apertou-o com toda a força, dando-lhe um nó, estrangulando e asfixiando a ofendida”.De seguida, acrescenta o MP, “o arguido atou os pulsos e os tornozelos da vítima com atacadores de sapatos e escondeu o corpo na despensa da habitação, local onde foi encontrado na manhã seguinte, depois de o homem ter telefonado de Lisboa à PSP de Alverca a dar conta do ocorrido”. Os relatórios médicos indicam que a causa da morte se deveu “a asfixia por estrangulamento”.Na residência do casal as autoridades encontraram quatro munições de vários calibres que pertenciam ao arguido, que as guardava num dos quartos da habitação. “O arguido agiu com o propósito, concretizado, de tirar a vida à ofendida Mislene Franco Bezerra Pires, com quem estava casado. Agiu ainda com o propósito de ter na sua posse as munições, bem sabendo que era proibido”, sublinha o despacho de acusação do MP.O homem está acusado de um crime de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida. Como O MIRANTE noticiou, Mislene Franco Pires, formada em jornalismo, vivia em Alverca mas era natural de Goiânia, Brasil. O casal era sócio do Motoclube de Alverca e o caso chocou a comunidade.
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