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Ginastas da Euterpe Alhandrense ansiosas pelo Europeu

Ginastas da Euterpe Alhandrense ansiosas pelo Europeu

Raquel, Inês e Liliana têm-se evidenciado cada vez mais na modalidade de Ginástica Acrobática. Juntas há quatro anos, as jovens vão representar Portugal no próximo Campeonato Europeu e mostram-se entusiasmadas com o desafio.

“Esperamos ficar nos primeiros lugares”. Este é o pensamento de Inês Carvalho de 16 anos, base no trio que vai competir no próximo Campeonato Europeu de Ginástica Acrobática a realizar em Portugal no mês de Outubro. Raquel Martins, base de 17 anos, e Liliana Asseiceiro, volante de 12 anos, formam o resto da equipa da Sociedade Euterpe Alhandrense que se tem vindo a destacar no panorama nacional. Estão juntas há quatro anos, algo estranho nesta modalidade, e já representaram Portugal no Campeonato do Mundo nos Estados Unidos da América, tendo ficado em nono lugar. O MIRANTE falou com as jovens num treino no pavilhão dos Bombeiros de Alhandra.Agora, só pensam no Europeu e mostram-se entusiasmadas com a participação. Treinam normalmente três horas durante cinco dias da semana, mas com o aproximar do campeonato vão passar a ter treinos bi-diários. Não é por isso que ficam cansadas da modalidade e dizem que não deixam de fazer nada por causa dos treinos. Estão focadas e habituadas à disciplina do desporto, no entanto, Raquel Martins, de Vila Franca de Xira, confessa que “custa acordar cedo” quando têm que praticar de manhã. Liliana Asseiceiro, de Arruda dos Vinhos, afirma raramente faltar aos treinos porque faz aquilo que gosta.Os júris que avaliam as performances das atletas são rigorosos. O trio tem treinado até à exaustão para se aperfeiçoar. A correcção dos movimentos, da coreografia e da atitude é o método utilizado para conseguir a melhor apresentação, apesar de já terem as figuras que pretendem mostrar bem consolidadas. As maiores rivais das atletas lusas vão ser as russas, as inglesas e as belgas. Não evidenciam preocupação porque garantem que estão lá para se apoiar mutuamente. Trata-se de um grupo estável que mais do que o companheirismo natural de uma equipa tem uma amizade que as une.O risco das manobras é calculadoAlda Silva, de 39 anos, e Cátia Messias, de 34, são professoras de educação física e estão no projecto de Ginástica Acrobática da Sociedade Euterpe Alhandrense há um ano. Ambas são fascinadas pela modalidade e competiram em anos passados. Alda explica que a ginástica acrobática faz lembrar o circo e que se baseia em fazer construções humanas. É complementada pelas cambalhotas, pinos e mortais e pela dança coreografada e representação. Com mais duas treinadoras, coordenam 100 jovens divididos em três níveis com diferentes graus de dificuldade.Quando questionada pelos riscos das manobras, a treinadora responde que se pode cair de forma aparatosa só pelo facto de andarmos na rua. “A aprendizagem é feita de uma forma faseada e o perigo das manobras é calculado”, esclarece. Para Cátia, o indicado é começar a praticar a modalidade antes dos seis anos porque “a ginástica requer bastante flexibilidade que se vai perdendo com a idade”. Sob a alçada das duas treinadoras, a Euterpe Alhandrense tem vindo a fabricar campeões distritais e nacionais em diversos escalões etários e espera continuar o bom trabalho.Não tem havido capacidade para responder à adesão dos jovens à modalidade. Existe a necessidade de um espaço maior para praticar e de equipamentos de ginástica. Só o piso sobre o qual as atletas fazem as acrobacias custou vinte mil euros.
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