A urbanização Jardins do Arroz já foi aprovada pela Câmara de Vila Franca de Xira, cumprindo assim o acordo para a construção da nova biblioteca modelo de quase seis milhões de euros. O contrato assinado entre a câmara e uma empresa do grupo Obriverca previa que esta última construa a biblioteca e depois a venda ao município, recebendo em troca a aprovação, por parte da câmara, do loteamento. Este vai ter 61 habitações e 16 lojas.O loteamento contempla nove lotes, o primeiro dos quais é onde se encontra a nova biblioteca da cidade, orçada em 5 milhões e 750 mil euros. Os restantes lotes irão receber edifícios que terão entre os três e os oito pisos à beira do Tejo, no terreno onde durante anos se situou a fábrica de descasque de arroz. A zona em causa tem 16.400 metros quadrados. Haverá ainda 168 lugares de estacionamento dos quais 106 serão lugares privados e 62 lugares públicos. O loteamento ficou dividido em nove lotes para permitir à Jardins do Arroz ir construindo e comercializando as habitações à medida da procura.A urbanização foi aprovada com os votos favoráveis do PS e da coligação Novo Rumo (liderada pelo PSD). A CDU votou contra por considerar que a urbanização só deveria ser aprovada caso existisse o compromisso de ser o promotor a construir a passagem rodoviária sobre a linha férrea, cujo custo rondará os 3,5 milhões de euros. No entender dos comunistas a aprovação do loteamento “prejudica os munícipes” porque “não fica claro que esta passagem venha a ser construída”. A presidente do executivo, Maria da Luz Rosinha, garantiu que o que está em causa é a aprovação do loteamento e que não haverá licenciamento se não houver no futuro uma passagem rodoviária sobre a linha de comboio. Venha ela a ser feita pelo promotor ou pela REFER no âmbito do plano nacional de supressão de passagens de nível.