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O rock filarmónico dos Kwantta já se ouve em disco

O rock filarmónico dos Kwantta já se ouve em disco

Banda de Abrantes faz música “para dançar, sonhar e ser feliz”

Têm 13 anos de existência e muitas músicas originais mas só agora conseguiram registar o seu trabalho em disco. Os abrantinos Kwantta misturam o reggae, o folk, o jazz e o rock numa fusão de ritmos a que chamam “rock filarmónico” e a que o corpo não fica indiferente.

Aos domingos à tarde é sempre ali naquele estúdio, em Casais de Revelhos, perto de Abrantes, que a banda Kwantta se junta para ensaiar. Na rua ouvem-se os seus acordes e as vozes que compõem uma sonoridade de fusão, uma mescla de folk, reggae, ska, jazz e rock, sempre cantada em português.O MIRANTE assistiu a um ensaio dos Kwantta, banda formada há cerca de 13 anos, mas que só agora, depois de muito batalhar e de um Verão inteiro a tocar e a juntar dinheiro, conseguiu lançar o primeiro trabalho discográfico. Esta é uma edição de autor com mil exemplares e composta por 8 faixas musicais, uma amostra de um repertório de originais que já ultrapassa as cinco dezenas de músicas. No estúdio afinavam-se os instrumentos e cantavam-se as músicas do primeiro álbum, “Casa Real”, sempre com a preocupação de corrigir pequenas falhas da última actuação. “Peepshow”, primeiro single do disco, e “Casa Real”, segundo single, foram as músicas com que os Kwantta receberam O MIRANTE antes de uma conversa na “sala vip”, como denominam o espaço onde passam momentos de descontracção, fazem festas e até reuniões de trabalho.O título do álbum é explicado assim por Marco Pereira, um dos músicos: “Casa porque é o sítio onde nos sentimos confortáveis, voltamos cá todos ao fim-de-semana. O real é o real de verdadeiro, este é um álbum lugar”. “Rock filarmónico”, é deste modo que a banda, composta por seis músicos, define o seu estilo. “Nós estamos a seguir aquela moda de inventar estilos, por isso inventamos o rock filarmónico”, refere descontraidamente Marco a O MIRANTE.Cinco dos elementos são naturais de Abrantes - André Pedro (bateria), David Quinas (teclados), Eduardo Soares (baixo), Marco Pereira (trompete, trombone e voz) e Diogo Pereira (guitarra e voz) -, só André Tomás (saxofone) é natural de Castro Verde e por isso apelidado de “alentejano”.Ao longo de mais de uma década os elementos da banda foram-se renovando, só Marco Pereira e André Pedro se mantêm desde os primórdios. Recordam ainda os primeiros ensaios dos Kwantta, que tiveram lugar na Banda Filarmónica da Sociedade de Instrução Musical Rossiense, da qual ambos faziam parte. Foram evoluindo e passaram por diferentes fases. Começaram como banda de “covers” e tiveram, até, uma fase “heavy metal”, que terminou em 2009, na qual usavam máscaras para cantar nos concertos.São os irmãos Marco e André Pereira que escrevem as músicas. “Cada um de nós tem histórias engraçadas e muitas vezes vale a pena pegar nelas”, confessa Marco Pereira referindo que são os acontecimentos do dia-a-dia que lhe trazem a inspiração para escrever. “A “Gina”, por exemplo, foi inspirada no Eduardo, que tinha uma namorada e andava muito deprimido e foi para gozar com ele”, confidencia. Uma novidade para Eduardo, o mais jovem da banda, com 20 anos, que animadamente se mostrou surpreendido com a revelação.Com projectos musicais paralelos, os Kwantta vão conseguindo conciliar o trabalho e os estudos, o que requer um esforço redobrado. “Somos umas prostitutas musicais”, diz metaforicamente Marco provocando uma gargalhada geral, justificando o facto de serem uma banda de música independente que para tocar aposta na negociação com preços flexíveis, como forma de divulgar a sua música. Primam também pela versatilidade nos projectos musicais paralelos que mantêm, apostando em distintos estilos musicais.A boa disposição e união são uma constante nesta banda que quer chegar “ao máximo”, como revelou Diogo Pereira. Os familiares acompanham-nos sempre nesta aventura musical e são os seus maiores críticos. “Temos uma carreira longa, embora não muito divulgada, mas continuamos a ser uma banda local. Temos alguns anos de estrada e isso ninguém nos tira, mas queremos fazer isto por todo o país”, revela Marco Pereira referenciando as expectativas da banda que apresenta música para “dançar, sonhar e ser feliz”.A escolha do nome KwanttaA origem do nome Kwantta vem das aulas de física e química do terceiro ciclo. Quando os primeiros elementos da banda ouviram falar em física quântica acharam que “Kuanta” poderia ser um bom nome para a banda. Ao irem tocar a concertos, o nome aparecia recorrentemente mal escrito nos cartazes, primeiro chamaram-lhes “Kuantta”, depois “Kwanta”. Acharam os erros sugestivos e alteraram para “Kwantta”, pronunciando-se o nome da mesma maneira.Lançamento do álbum “Casa Real” brevemente em AbrantesAinda sem data definida, os Kwantta contam fazer o lançamento do seu primeiro álbum em Abrantes, este mês ou em Novembro, uma forma de trazer até às origens esta sua conquista, depois de no dia 27 de Setembro terem lançado o “Casa Real” no Teatro do Bairro, em Lisboa, onde contaram com 150 pessoas na plateia.
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