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Advogada Alexandra Rei seguiu com orgulho a profissão do pai

Advogada Alexandra Rei seguiu com orgulho a profissão do pai

A licenciatura foi feita na Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra

Causídica de Tomar recorda que já em criança, especialmente nas férias grandes da escola, passava bastante tempo no escritório do pai, tentando ajudar no que podia.

“Sentir a satisfação das pessoas e ver como estas ficam contentes com a resolução dos seus problemas” é o mais gratificante para a advogada Alexandra Rei no exercício da sua actividade. Natural de Tomar, onde nasceu em 1973, a advogada é filha do não menos conhecido advogado tomarense Urbano Rei. “Não me incomoda ser conhecida ou tratada como a filha de Urbano Rei. Pelo contrário, é um grande orgulho para mim”, atesta.Foi na cidade templária que estudou até aos 17 anos, altura em que entrou na Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra. Apesar de gostar bastante de informática e computadores e chegar a ponderar seguir uma carreira na área da engenharia informática, a advocacia, aliada à ideia de um dia vir a trabalhar com quem tão bem conhece, acabou por prevalecer. “Também gostava de Letras e acabei por escolher esta área. Quando acabei o curso, tive a facilidade de vir para o escritório do meu pai e foi isso que aconteceu após três meses em Lisboa”, relembra com uma voz sempre serena mas firme.Alexandra Rei recorda que, em criança, especialmente nas férias grandes da escola, passava bastante tempo no escritório do pai, tentando ajudar no que podia. “Fazia pequenos recados, como ir ao correio ou outras tarefas menores”, relembra. Curiosamente, a sua primeira experiência numa sala de audiências não foi muito feliz. “Assustei-me por causa das becas e togas pretas e saí da sala a correr à procura do meu pai”, recorda a rir. O facto do curso de Direito ser muito teórico não a desmotivou. “Penso que era mais motivador se, durante o mesmo, tivéssemos contacto com um processo ou assistíssemos a um julgamento”, considera.Quando frequentou o curso, Alexandra Rei já tinha intenção de voltar a Tomar - uma cidade que considera verde, tranquila e muito segura - para vir trabalhar com o pai que acabou por ser o seu patrono. A experiência revelou-se muito feliz, somando já 18 anos a trabalhar juntos. “Correu tudo muito bem e continua a correr tudo muito bem. Separamos perfeitamente a parte profissional da parte pessoal. O respeito é mútuo e temos uma excelente relação”, refere com um sorriso. Inicialmente, quando ainda vivia com os pais, era costume também falar de trabalho em casa mas nada que a incomodasse. “Fazíamos muitas vezes serões depois do jantar, o que acabava por ser uma espécie de regresso ao escritório em casa”, recorda.Embora faça barra do tribunal, a advogada prefere o contacto com os clientes e o trabalho de escritório. “Todos os processos começam por uma peça escrita”, diz. O seu dia obedece a uma rotina descontinuada, uma vez que depende se há ou não julgamentos marcados e em que comarca se realiza. A primeira coisa que faz é abrir o correio e tratar de cumprir prazos estipulados por lei. “Trabalhamos, dentro do Direito do Trabalho, bastante com o sector dos transportes", refere a advogada que acabou por tirar uma pós-graduação em Contabilidade e Análise de Demonstração Financeira para ter mais conhecimentos.Alexandra Rei não se especializou em nenhum ramo embora goste muito de trabalhar na área do Direito laboral, tentando simplificar a vida e resolver os problemas que as pessoas têm nesse campo, e que, muitas vezes, implicam o sustento de uma família. Não aceita casos que, à partida, não têm viabilidade uma vez que não gosta de criar falsas expectativas. Ao longo de 18 anos de advocacia, Alexandra Rei já perdeu a conta ao número de causas que defendeu pelo que acaba por reservar a memória para outros fins. “Temos que estudar, quase permanentemente, a legislação, participar em sessões de esclarecimento e acções de formação para nos mantermos sempre actualizados”, refere.
Advogada Alexandra Rei seguiu com orgulho a profissão do pai

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