O novo presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire (PS), quer mais proximidade entre eleitos e eleitores, “numa afirmação plena de cidadania”, desejando que a população tenha um papel activo na promoção do crescimento do concelho. “O executivo vai sair dos Paços do Concelho para percorrer as freguesias, escutando as populações, os seus representantes e conhecendo os seus problemas, aceitando sugestões para a sua resolução”, disse Fernando Freire durante a cerimónia de tomada de posse, realizada na tarde de sábado, 19 de Outubro. Como tal, frisou, vai propor que a primeira reunião pública de executivo camarário, a 13 de Novembro, se realize no lugar das Limeiras, freguesia de Praia do Ribatejo.O autarca disse que quer exercer o cargo “com humildade e alegria”, prometendo ser um presidente próximo dos munícipes, mostrando abertura ao contraditório. “Só servimos melhor o município, se procurarmos ir junto das pessoas, saber dos seus problemas. Cada cidadão deve ajudar com ideias e projectos. Pode e deve contribuir com ideias e reclamar quando sentir que a razão está do seu lado”, disse. Assumiram ainda posse, para além dos membros da assembleia municipal, Rui Constantino Martins (PS), Ricardo Honório (PS), Rosa Garrett (PS) e Luís Valente (PSD). A cerimónia decorreu no salão nobre da câmara municipal, que se revelou pequeno para acolher todos os que marcaram presença no acto. O autarca começou por agradecer à população a confiança depositada na sua equipa expressa numa votação “inequívoca e por maioria absoluta” em todas as assembleias de freguesia, câmara e assembleia municipal. Os presidentes das juntas de freguesia eleitos não tomaram posse nesta cerimónia, devendo fazê-lo em sede própria.Fernando Freire enalteceu a forma como Miguel Pombeiro, presidente cessante, exerceu o cargo “com inegável saber, vivacidade e sentido de bem servir” nos últimos dezasseis anos, não esquecendo o presidente da assembleia municipal Rui Monteiro Picciochi. “Assumo estas funções numa altura de encruzilhada e mundo novo, onde as preocupações e dificuldades crescem. Todo o cargo é efémero, portanto, a partir de hoje, não sou presidente, estou presidente”, disse, parafraseando o antigo presidente do Brasil, Lula da Silva. Para o autarca, os fundos do próximo quadro comunitário 2014-2020 são a fonte “praticamente exclusiva” para os investimentos que se pretendem concretizar, considerando a nova lei das finanças locais e o corte de transferências para o município do Orçamento Geral do Estado. “Devemos conhecer o passado, compreender o presente e preparar o futuro confrontando ideias contraditórias e ambições com oportunidades”, disse.