Feira dos Santos esteve em risco por inércia da Câmara
Executivo cessante do Cartaxo não desenvolveu as diligências necessárias a tempo e horas para a realização do tradicional certame este ano. Novo presidente da autarquia desenvolveu esforços para não se quebrar uma tradição secular.
A primeira missão do novo presidente da Câmara Municipal do Cartaxo assim que tomou posse foi desenvolver esforços para garantir a realização da tradicional Feira dos Santos, que habitualmente decorre no início de Novembro na cidade. No seu discurso de tomada de posse, no dia 16 de Outubro, Pedro Ribeiro (PS) informou as muitas dezenas de pessoas que o escutavam que este ano a feira corria o risco de não se efectuar devido à inércia do executivo camarário cessante, liderado por Paulo Varanda, que não terá desenvolvido as diligências necessárias. “Vamos tentar fazer nestas duas semanas o que já devia ter sido feito”, disse.Cinco dias depois, na primeira reunião de câmara do novo executivo, Pedro Ribeiro anunciou que “apesar do redobrado esforço que foi necessário, a nossa centenária feira franca, assim como a mostra empresarial que organizamos em parceria com a Nersant, estão asseguradas”, decorrendo nos locais habituais, campo da feira e Pavilhão Municipal de Exposições, respectivamente, de 31 de Outubro a 3 de Novembro.O novo presidente da câmara explicou ainda que “tendo em conta o curto espaço de tempo que decorreu desde a tomada de posse do executivo e a primeira reunião da câmara, apenas o enorme empenho de todos os serviços municipais, do Núcleo da Nersant do Cartaxo e demais entidades envolvidas na organização, permitiu que hoje possamos garantir que a feira se realiza”.“Era normal que em Setembro já estivessem efectuadas uma série de diligências, nomeadamente a publicação dos editais para arrematação dos terrenos por parte dos feirantes e de tudo o que tem a ver com diversões, e até agora nada saiu para a rua”, afirmou Pedro Ribeiro a O MIRANTE logo após a cerimónia de tomada de posse, realizada na noite de 16 de Outubro.Questionado sobre que explicações lhe foram dadas por Paulo Varanda, o novo presidente da Câmara do Cartaxo frisou que queria “ser cordial”, mas não fugiu à questão. “O meu antecessor disse-me que competia ao novo executivo decidir onde é que era a feira. Julgo que dada a importância que a Feira dos Santos tem, uma das mais antigas do país com estas características, mesmo se estivesse a gerir a câmara numa fase de transição teria procedido de outra forma e não deixaria para o meu sucessor a situação nestes moldes, porque há prazos legais a cumprir”. O autarca estranha a situação, até porque as primeiras diligências para a Feira dos Santos são efectuadas logo em Setembro e as eleições autárquicas só se realizaram no final desse mês, a 29. Ou seja, antes dessa data o executivo de Paulo Varanda estava em plenitude de funções e tinha toda a legitimidade para desenvolver o processo relativo à realização da Feira dos Santos.
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