Nuno Roque tem carreira feita nos maiores emblemas do andebol nacional
O internacional do andebol português fez a sua formação em clubes do concelho de Benavente
Nuno Roque joga ao mais alto nível do andebol nacional há várias épocas. O samorense de 26 anos representa o Águas Santas, da Maia, e passou por Benfica, Sporting, Belenenses e Madeira SAD. Formou-se para a modalidade no Grupo Desportivo de Samora Correia e na Associação Desportiva e Cultural de Benavente. Aos 26 anos não descura a oportunidade de voltar a clubes grandes ou a embarcar numa experiência internacional.
Poucos atletas têm o trajecto clubístico de Nuno Roque em apenas 26 anos de vida. Nascido em Lisboa, foi cedo viver com a família para Samora Correia e foi a partir dali que construiu uma carreira desportiva no andebol. Actualmente joga pelo Águas Santas, equipa da Maia, quinta classificada do Nacional de Andebol da I Divisão. A época anterior esteve no Madeira SAD, também do primeiro escalão, e passou nove anos nos três principais clubes de Lisboa: Ainda como juvenil foi para o Belenenses, onde esteve três anos; jogou também três épocas no Sporting e outras três no Benfica. Soma também 56 internacionalizações pela selecção nacional nos diferentes escalões.Para onde caminhada a carreira de Nuno Roque aos 26 anos? O atleta diz que pretende, para já, conseguir fazer uma boa época no Águas Santas. “Quero ajudar o clube a ficar nos quatro primeiros lugares do campeonato, a ir à final four da Taça de Portugal e a chegar o mais longe possível na prova europeia”, esclarece o jogador, que joga na posição de central, o organizador de jogo. Ainda assim, Nuno Roque não descura que o futuro volte a passar por jogar por um dos grandes do andebol nacional, caso continue a mostrar o seu valor, ou até a embarcar numa aventura num clube estrangeiro, se surgirem as oportunidades.O profissionalismo no andebol, como noutras modalidades, já viveu melhores dias, devido à falta de patrocinadores e aos cortes feitos em todos os clubes, pelo que também espera por melhores dias. Por acabar está o curso de radiologia que interrompeu quando foi jogar para a Madeira.Formação no GD Samora Correia e ADC BenaventeFoi nos bambis do Grupo Desportivo de Samora Correia, em 1995/1996, que Nuno Roque deu os primeiros passos no andebol. Ganhou títulos regionais com a equipa e noutras categorias nos anos seguintes. Em 2001, passou para a Associação Desportiva e Cultural de Benavente, onde ficou até aos juvenis, altura em que foi convocado para uma selecção de detecção de talentos da Federação de Andebol, o que fez com que estagiasse e estudasse no centro de alto rendimento de Rio Maior. O destaque valeu-lhe o convite do Belenenses com 16 anos. No clube do Restelo foi campeão nacional de juniores e quinto e terceiro na Liga de Andebol Sénior, ainda como júnior.Em 2006/2007 deu o salto para o Sporting, onde ficou três anos, tendo passado para o Benfica para outros três anos. No clube encarnado conseguiu os melhores resultados da carreira. “Venci a Super Taça 2010-2011 e ajudei o clube a conquistar a Taça de Portugal 24 anos depois. Fomos ainda finalistas da Taça Europeia Challenge”, descreve, prova na qual marcou 25 golos.Outro ponto alto da carreira foi a participação no Mundial de Sub-21, na Macedónia, em 2007. Aí, ajudou a selecção nacional a alcançar o 15.º lugar. Nessa competição, e a título individual, foi o 19.º melhor marcador, com 38 golos, quinto com 33 assistências, e 9.º no conjunto dos dois dados (71). Nas 56 internacionalizações por Portugal soma 217 golos marcados nas diferentes categorias.Da carreira, Nuno Roque guarda ainda como recordação o facto de ter jogado contra o melhor jogador português de sempre - Carlos Resende - e de ter sido orientado no Madeira SAD por Alexander Donner, técnico que faleceu recentemente.Visita a casa em alguns fins de semana, sem perder a festa da sardinha assadaCom a vida de andebolista a ocupar fins de semana e a estadia no Porto, Nuno Roque só dispõe de alguns dias para visitar a família em Samora Correia e Benavente. É nessas localidades que tem os pais, avós, tio, primos, madrinha. Sente saudades de estar com os amigos, mas apesar da distância não costuma faltar à Festa da Sardinha Assada de Benavente. De resto, numa carreira profissional onde alimentação e descanso são palavras de ordem, nada como uma festa em casa para fugir à rotina. Quanto à adaptação à cidade invicta, onde vive, o lisboeta de nascença diz que está a correr bem. “É uma cidade muito diferente de Lisboa mas as pessoas são simpáticas e acolhedoras”, diz o único “mouro” do plantel do Águas Santas.
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