Candidatura de Santarém a património mundial pode ser ressuscitada
Tanta preocupação com a candidatura a património mundial, quando em Santarém, na maioria das vezes, o turista que vem ao fim-desemana nem tem onde comer ou tomar um café. Se não fossem os edifícios, o turista poderia pensar que Santarém era um deserto africano. Vejam lá se fazem qualquer coisa por Santarém. A cidade também é importante e ainda aqui trabalham e habitam algumas pessoas. Lembrem-se que até nas favelas brasileiras há turismo.Joaquim De palavras bonitas vive há anos este centro histórico de quem nunca apresentou um esboço, uma ideia, uma proposta racional que levasse alguém a conseguir antever uma possibilidade de mudança. Mas enquanto continuarmos a valorizar quem muito fala e pouco faz, observando esta urbe do interior do seu automóvel (porque andar a pé por estas ruas e travessas não garante o devido status) sem compreender porque razão aquela “pedra” existe naquele local, continuaremos a ouvir propostas sem sentido e de nada valerão mais debates. Porque na altura de mostrar capacidade de trabalho, todos permanecerão tranquilamente na sua casa lendo mais uma notícia sobre alguma edificação que acabamos de perder para sempre. E enquanto isto, poderão os escalabitanos continuar a usufruir, unicamente ao domingo, de um centro histórico com um jardim de magníficas vistas, quando o centro comercial mais próximo estiver cheio de gente...Philippe Tomás RafaelEu habito no centro histórico vai fazer três anos e realmente é muito desolador o cenário que se apresenta perante os nossos olhos. Se não fossem os valiosos monumentos era um centro quase em ruínas e sujo, abandonado e solitário. Nas noites com menos movimento é uma autêntica cidade fantasma, não se vê luz nas janelas, apenas escuridão, chega mesmo a ser assustador em alguns locais mais sombrios. Espero que Santarém possa gradualmente “curar-se” dos seus males e voltar a ser um centro animado de gente, actividades, luz, música, e cor. Existem formas de fazer as coisas sem ser preciso gastar fortunas. Juntem artistas, poetas, gente interessada em mostrar os seus talentos a custo zero, a gratidão chega para pagar o seu serviço prestado à cidade.Hugo Daniel
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