Caso dos menores que querem fumar à porta da escola está na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens
Escola do Porto Alto reforçou a vigilância e director do agrupamento vai sensibilizar os pais dos alunos de 14 e 15 anos
O caso dos quatro alunos da Escola EB 2/3 de Porto Alto que fizeram um abaixo-assinado para poderem fumar à porta da escola foi encaminhado para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, que vai abrir um processo. O director do Agrupamento de Escolas de Samora Correia, Carlos Amaro, confirma a situação e diz que vai reunir com os pais dos estudantes, que têm 14 e 15 anos, sensibilizando-os para a necessidade de falarem com os filhos e demovê-los de comportamentos prejudiciais para a saúde. Segundo o director, alguns dos alunos fumam com o consentimento dos pais. A venda de tabaco está proibida a menores de 18 anos. No agrupamento de Samora já foram apanhados este ano três alunos a fumar no recinto escolar e cada um apanhou uma suspensão de um dia. O abaixo-assinado foi espoletado com a implementação de um sistema de cartões que faz um controlo de entradas e saídas das escolas e em que não é permitida a saída dentro do horário escolar. Carlos Amaro confirma que o agrupamento está a ter “muitas dificuldades em motivar os alunos para deixar de fumar”. “Eles sentem que são tratados de forma diferente dos professores porque vêm fumar cá fora, o que é inacreditável”, comenta.Após este episódio foi reforçada a vigilância na escola do Porto Alto com mais um funcionário que tem como tarefa vigiar os recantos da escola. A Associação de Jovens de Samora Correia mostra-se preocupada com a situação, que envolve estudantes do 6º e 7º ano de escolaridade. E já mostrou a sua disponibilidade para tomar medidas de sensibilização e prevenção contra o tabagismo, realçando que o assunto não deve ser tratado com leviandade. Em algumas escolas está-se a apostar em campanhas de sensibilização para prevenir casos de tabagismo, como é o caso das escolas pertencentes ao Agrupamento de Vialonga (Vila Franca de Xira). Nuno Santos, director do agrupamento, revela que há grupos de ciências e de educação para a saúde que anualmente realizam projectos dando conta dos prejuízos do tabaco. O director do Agrupamento de Escolas de Azambuja, José Manuel Franco, revela que são espalhados cartazes e é aplicada uma terapia de prevenção para que os alunos não fumem. Apesar de acharem que o número de fumadores tem vindo a diminuir, continua a haver menores a fumar. No ano passado, diz José Manuel Franco, houve alguns casos de alunos apanhados a fumar no estabelecimento escolar. Também Nuno Santos disse que já este ano aconteceram casos semelhantes. “O que mais me preocupa é o facto dos alunos que fumam não fumarem só tabaco”, conclui.
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