Trabalha na distribuição durante o dia e nos tempos livres é o treinador dos seniores e juniores de futebol da Associação Recreativa do Porto Alto (AREPA). Foi jogador profissional durante 12 anos em clubes de Elvas, Portalegre, Beja, Espinho, Penafiel e Castelo Branco. Jogou na AREPA ao mesmo tempo que treinava e conseguiu subir a equipa de divisão. Diz que o principal é os jogadores acreditarem no seu valor e darem o máximo jogo a jogo.Nunca pensou ser jogador de futebol a tempo inteiro?Cheguei a ser jogador profissional, quando o futebol ainda dava dinheiro. Na altura ainda valia a pena, hoje em dia já não. Actualmente só andam no futebol os carolas.É melhor ser jogador ou treinador?Na minha juventude ser jogador era aquilo que ambicionávamos. Depois com o envelhecer e com a maturidade da idade acho que é melhor ser treinador. Poder liderar, comandar e colocar a equipa a jogar como queremos. Isso dá um gosto especial e dá também mais responsabilidade. Quando falhamos sou eu que sou o culpado. Eu é que os meto a jogar.O que diz no balneário?Tenho várias frases motivacionais, mas no geral prendem-se com a necessidade dos jogadores acreditarem nas suas competências. Se forem humildes e guerreiros conseguem fazer tanto ou mais que as restantes equipas e até as equipas mais fortes.Qual é o principal desafio de treinar uma equipa jovem?No escalão jovem o principal desafio que encontro é conseguir tirá-los da má vida, são miúdos talentosos e onde o futebol pode ajudar a descomprimir das vidas mais complicadas que têm. Digo sempre aos jovens para sonhar com o futebol mas para nunca desistirem da escola. Só os muito bons conseguem ganhar alguma coisa com o futebol. A nível distrital não se ganha dinheiro e não se vive só do futebol.Que clube tinha o sonho de treinar?O meu Sporting, claro.