Atlético de Pernes pondera parar com a actividade desportiva
A decisão final vai ser tomada numa assembleia geral marcada para o dia 4 de Janeiro
A decisão final será tomada numa assembleia geral marcada para o dia 4 de Janeiro, mas para já, a direcção do Atlético Clube de Pernes pondera suspender toda a actividade desportiva do clube. A razão que vai ser apresentada aos sócios é a falta de dinheiro e a situação de desigualdade que o presidente, Pedro Teopisto diz ser vítima por parte da Câmara Municipal de Santarém.
O presidente do Clube Atlético de Pernas aproveitou a cerimónia de lançamento da caderneta de cromos de futebol para avisar os sócios de que o clube está sem dinheiro e sem possibilidades de recorrer à banca para se financiar e por isso está a ponderar suspender toda a actividade desportiva do clube a partir do início de 2014.Na cerimónia, realizada no dia 21 de Dezembro, Pedro Teopisto apontou algumas situações para que os sócios possam decidir em consciência no dia 4 de Janeiro. Culpou a Câmara de Santarém pelo atraso no pagamento de verbas a que se tinha comprometido e acusou a autarquia de “tratamento desigual para com outros clubes do concelho”.Para justificar esta situação de desigualdade, o dirigente desafiou os sócios e a comunicação social a interrogarem-se quanto custa por ano a água e a luz do estádio municipal (antigo Chã das Padeiras) e quem paga os custos de utilização dos pavilhões da cidade. “São anos e anos, e mais anos, de utilização, sem limites de gastos, é gastar e gastar, que a câmara paga”, referiu. Pedro Teopisto apontou ainda o facto do apoio da autarquia à Académica de Santarém, “investir 311 mil euros em instalações para um clube, quando aos outros tudo é negado é tratamento de equidade?” perguntou. Escudado no excelente trabalho que ao longo dos anos a direcção a que preside tem feito no Atlético Clube de Pernes, Pedro Teopisto, assegurou que “ao longo dos últimos anos fomos tolerantes, fomos dialogantes e compreensivos, fomos até ao limite do que se poderá imaginar”. O dirigente, garantiu que o clube “entregou ao município, ao longo dos anos, diversos pedidos, fez inúmeras reuniões, apresentou documentos, justificou documentos, que resultaram em zero de apoios”. Agora “não podemos fazer mais do que aquilo que já fizemos, porque não temos mais recursos financeiros”, afirmou.“Já nos socorremos da banca e de particulares para sustentar aquilo que devia e competia ao município fazer, por tudo isto somos levados a suspender a actividade desportiva do clube”, concluiu Pedro Teopisto. O presidente garantiu ainda que “não se trata de uma ameaça mas sim um grito de esperança”. O dirigente informou já ter solicitado ao presidente da assembleia geral do clube a marcação de uma assembleia extraordinária para o dia 4 de Janeiro com a previsível suspensão da actividade como ponto único da ordem de trabalhos e solicitou também para o dia 17 de Janeiro a marcação de eleições para o biénio 2014/2015.
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