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Cerca de uma centena de praticantes anima o Pavilhão Gimnodesportivo de São Vicente do Paúl

Cerca de uma centena de praticantes anima o Pavilhão Gimnodesportivo de São Vicente do Paúl

Clube de Andebol S. Vicentense um modelo de gestão desportiva numa pequena aldeia do distrito de Santarém

Inicialmente formado para a prática do andebol, o Clube de Andebol S. Vicentense, de São Vicente do Paúl, uma pequena aldeia do concelho de Santarém, é hoje um clube ecléctico onde cerca de uma centena de atletas pratica as modalidades de Dança Desportiva, Futsal e Ginástica.

O Clube de Andebol S. Vicentense foi fundado em 1987 por um grupo de adeptos ligados à modalidade do andebol. A ideia era fazer o aproveitamento do rinque do Inatel existente no lugar de Tojosa e durante alguns anos o clube disputou os campeonatos de andebol do Inatel. “Chegámos a ter excelentes resultados e a disputar Campeonatos Nacionais do Inatel”, referiu o actual presidente da direcção, Manuel Ferrão.Segundo Manuel Ferrão, que é um dos fundadores do clube, o rinque tinha boas condições e desde logo começou a germinar a ideia de fazer a sua cobertura. “Fomos falando com o Inatel, e a ideia de fazer a cobertura foi germinando. A população mobilizou-se e com o apoio da instituição acabámos por levar a obra por diante. Hoje temos um pavilhão com capacidade para 300 espectadores e com todas as condições para a prática das modalidades que desenvolvemos”, diz com satisfação o presidente.Foi então elaborado um protocolo entre o Inatel e o Clube de Andebol S. Vicentense com duração de 25 anos em que o clube tem a gestão total do pavilhão. “Protocolo que será renovado como é natural antes do seu final”, garantiu Manuel Ferrão. Entretanto o clube passou por algumas dificuldades e o andebol terminou. Mas há nove anos o S. Vicentense ganhou nova vida. “Apostámos na Dança Desportiva, uma modalidade que também já tinha tido algum relevo no clube e que passou a ser a maior embaixada do S. Vicentense. Durante alguns anos conseguimos vitórias em campeonatos regionais e participações de mérito em nacionais. Mas nos últimos anos a modalidade arrefeceu um pouco. Os pares começaram todos na mesma altura e as idades eram muito idênticas, quando chegou a altura de irem para as universidades ou até de casarem, o grupo desfez-se e a modalidade hibernou”, afirmou o dirigente.Mas a Dança Desportiva nunca acabou por completo e actualmente está novamente a tornar-se na grande referência do clube. “Num distrito onde existem muitas escolas de dança e alguns dos melhores clubes do país, temos conseguido algumas vitórias em campeonatos regionais e continuamos a crescer no número de dançarinos”, garante Manuel Ferrão.Para além disso o clube tem uma classe de ginástica de manutenção, que faz movimentar muitos dos habitantes da aldeia. E criou uma secção de futsal que tem dado bons resultados, chegando a ser campeão na Segunda Divisão Distrital de Santarém.Entretanto a equipa de seniores desagregou-se um pouco e embora mantendo-a em competição a direcção avançou para as camadas de formação da modalidade e neste momento movimenta os escalões de benjamins, iniciados e seniores. “Estamos entusiasmados com as camadas jovens e com o apoio dos pais que têm sido extraordinários. Os jogos disputados aqui no nosso pavilhão têm sempre muita gente a assistir, é uma aposta ganha”, disse o dirigente.O S. Vicentense também se sente descriminado em relação aos clubes da cidadeNão é fácil gerir uma colectividade como o S. Vicentense está localizado numa aldeia bastante dispersa e os apoios são poucos. “Temos tido a preciosa ajuda da Junta de Freguesia de S. Vicente do Paúl e acreditamos que agora vamos continuar a ter essa ajuda do executivo que foi eleito para a União de Freguesias de S. Vicente do Paúl e Vale de Figueira. É um grupo independente que acreditamos que vai conseguir acertar as coisas com os principais clubes das duas aldeias”.Mas a exemplo de outros clubes das freguesias rurais do concelho, o S. Vicentense também se sente descriminado em relação aos clubes da cidade de Santarém. “Não recebemos qualquer apoio da Câmara Municipal de Santarém, nem sequer recebemos os apoios que nos foram atribuídos há alguns anos. Depois temos que pagar todas as despesas do pavilhão, água, luz e água, e sabemos que os clubes da cidade têm tudo de borla. A Câmara Municipal de Santarém tem que olhar para estas situações porque, como nós, os clubes das zonas rurais movimentam muitos jovens, que de outro modo não tinham qualquer actividade”.Para fazer a gestão do clube a direcção não se cansa de trabalhar. Manuel Ferrão é um dos fundadores do clube e depois de um interregno, já é dirigente há nove anos, cinco como presidente. “Temos que nos voltar. Colocamos um piso sintético no pavilhão, tivemos que organizar e vamos continuar a organizar eventos para angariar fundos, noites de fados, provas de BTT, entre outras são acções que nos ajudam a ter as contas mais ou menos em ordem”, garantiu.
Cerca de uma centena de praticantes anima o Pavilhão Gimnodesportivo de São Vicente do Paúl

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