Na grande jornada de basquetebol realizada no fim-de-semana, em Torres Novas, Chamusca e Santarém, a festa foi intensa, os pavilhões estiveram sempre muito bem compostos de espectadores que não se cansaram de puxar pelas suas equipas.A implantação do basquetebol de formação nas três localidades é bastante forte e as equipas que vieram de fora também ajudaram à festa. Em Torres Novas as quatro equipas de Sub 18 que chegaram à final foram O CDTN/OAB, Clube Náutico de Abrantes, Sociedade Filarmónica Samorense e Santarém Basket Clube.Aqui não houve surpresa, a equipa de Torres Novas que já tinha vencido a fase preliminar, não deu hipóteses aos seus adversários, venceu 75-49 o Santarém Basket, 77-57 A S.F. Samorense e 65-54 o C.N.Abrantes, fazendo o pleno e conquistando o troféu. O C.N. Abrantes foi segundo, o Samorense terceiro e o Santarém Basket quarto. Os dois primeiros vão agora disputar provas nacionais.Na Chamusca a equipa local de Sub 14, mostrou uma grande superioridade sobre os seus adversários. Venceu sucessivamente 139-13 o C.N. Abrantes, 118-10 o Santarém Basket e 115-35 o Rio Maior Basket, e conquistou o troféu em disputa. O Rio Maior Basket foi segundo, o C.N. Abrantes terceiro e o Santarém Basket quarto. As equipas da Chamusca e de Rio Maior ficaram apuradas para disputar o Campeonato Nacional.A surpresa estava guardada para o final da tarde de domingo em Santarém, a equipa feminina de Sub 14 do UDR da Zona Alta de Torres Novas, que tinha sido apenas quarta classificada na fase preliminar venceu todos os jogos disputados e conquistou o Campeonato Distrital.Mesmo a treinadora Paula Ruivo se mostrava eufórica com esta vitória. “Não foi de todo inesperada, mas foi uma vitória bem saborosa”, disse logo de início. “Na primeira fase perdemos com as três equipas que agora defrontámos, mas os resultados foram sempre muito nivelados, nesta final four estivemos muito bem e conseguimos levar de vencidos todos os nossos adversários. É um prémio bem saboroso para todas nós e premeia o trabalho que temos vindo a desenvolver com este grupo de jovens que não se negam ao trabalho. Estamos todos de parabéns”, disse.Nos jogos disputados no Pavilhão Municipal de Santarém, a equipa torrejana venceu sucessivamente o Chamusca Basket por 56-54, o Santarém Basket por 54-42 e o Rio Maior por 57-45. Classificando-se assim em primeiro lugar, o Santarém Basket foi segundo, o Rio Maior Basket terceiro e o Chamusca Basket quarto. Como é natural os dois primeiros classificados vão agora disputar o Campeonato Nacional.Clubes queixam-se das verbas gastas com a arbitragemOs clubes presentes nas três finais queixam-se de algum modo das verbas gastas com a arbitragem nos jogos das camadas jovens. Manuel Azevedo coordenador do Chamusca Basket disse mesmo que “não é possível manter todas as equipas que temos em competição, gastando 500 euros por mês com as arbitragens”.O presidente da Associação de Basquetebol de Santarém, Rui Sousa, presente na final disputada na Chamusca, garantiu a O MIRANTE que está consciente do problema e que juntamente com a Comissão de Arbitragem está a procurar a melhor forma de moderar os gastos dos clubes. “A época passada conseguimos atingir um ponto muito bom. Este ano ainda não conseguimos resolver o problema. Sei que tem havido algumas situações menos correctas, mas vamos trabalhar para chegar ao mesmo que conseguimos o ano passado”, garantiu.Rui Sousa disse que não quer que o basquetebol de formação diminua o seu trabalho. “O basquetebol de formação no distrito de Santarém é dos melhores que se pratica no país, queremos que isso se mantenha, queremos que os árbitros arbitrem e não tenham que pagar do seu bolso para isso, mas também entendo que é preciso lutar para não perdermos o potencial desportivo que existe no basquetebol do distrito”.A Associação de Basquetebol de Santarém é a sétima no país em termos do número de atletas mas a nível competitivo nas camadas jovens tem conseguido bons resultados. “A nível de selecções temos duas no nível A e duas no nível B, é muito bom e fruto do trabalho que se realiza nos clubes. Trabalho que não podemos nem queremos perder. Por isso vamos procurar soluções para minimizar os custos para os clubes”, garantiu o presidente.