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Familiares de imigrantes ucranianos não vêm a Portugal porque vistos custam uma fortuna

Pois, nós aqui no nosso cantinho é que estamos mal, dizem para aí. Sim, é verdade que já estivemos pior mas de cada vez que passo pelos restaurantes de Almeirim e vejo pessoas à porta à espera de mesa ou oiço notícias sobre as taxas de ocupação hoteleira nos destinos mais procurados como Algarve ou Serra da Estrela ou ainda quando vejo que o aumento de compra de carros novos foi de 11 por cento em 2013, tenho que reconhecer que há quem exagere um pouco. Nunca me tinha passado pela cabeça que um médico na Ucrânia ganhasse 120 euros por mês. Ou que fosse necessária tanta papelada e tanto dinheiro para um filho vir passar as férias com os pais que estão a trabalhar em Portugal quando nós só precisamos de mostrar o passaporte para entrarmos no país deles. Fui verificar e a Ucrânia tem 7 milhões de pessoas emigradas e nós a choramingar porque os nossos licenciados são obrigados a trabalhar noutros países. É verdade que os nossos jovens têm que partir mas não há médicos ou enfermeiros a trabalhar nas obras ou a lavar escadas como acontece com os imigrantes ucranianos que recebemos há dez anos. Antes do Natal vi na televisão milhares de pessoas debaixo de neve a pedir, no centro de Kiev, para que o Governo assinasse um acordo com a União Europeia. Pessoas a fazer ondular bandeiras da Ucrânia e da União Europeia e nós aqui, que recebemos milhões e milhões da União Europeia para escolas, pavilhões, estradas, auto-estradas, formação profissional, apoio a agricultores, apoio a empresas, etc, etc, etc...cuspimos no prato. Este mundo está todo de pernas para o ar.Francisco Manuel Jaques de Ceia

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