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Águas de Santarém lamenta e refuta acusações do presidente da Junta do Pombalinho

Autarca disse na Assembleia Municipal da Golegã que a empresa municipal escalabitana não é honesta, por alegadamente se assumir como proprietária de um terreno que pertence à junta de freguesia. Administradora da Águas de Santarém desmente e diz que essas acusações não fazem qualquer sentido.

A administração da empresa municipal Águas de Santarém ficou chocada e surpreendida com as afirmações do presidente da Junta de Freguesia do Pombalinho na última sessão da Assembleia Municipal da Golegã, onde Luís Filipe Júlio disse que essa empresa não era honesta por, entre outros aspectos, estar supostamente a dar como seu um terreno que pertence à Junta do Pombalinho. A Águas de Santarém diz que as afirmações do autarca não fazem sentido e lamentam que o mesmo não tenha pedido esclarecimentos à empresa antes de fazer essas considerações numa sessão pública. Na Assembleia Municipal da Golegã debatia-se o último ponto da ordem de trabalhos, que tratava do acordo referente à passagem da freguesia do Pombalinho para o concelho da Golegã - que envolve os municípios de Santarém e da Golegã e a empresa municipal Águas de Santarém - quando o presidente da Junta de Freguesia do Pombalinho, Luís Filipe Júlio, surpreendeu a plateia ao dizer que “a Câmara da Golegã não vai tratar deste assunto com uma organização normal, a empresa Águas de Santarém não é honesta”.A intervenção do autarca do Pombalinho surgiu na sequência da informação do presidente da Câmara da Golegã, Rui Medinas (PS), que garantia estar a avançar com as negociações para a transferência do património (redes de água e saneamento básico) da Águas de Santarém no Pombalinho para sua autarquia. “Não queremos estar a pagar rendas durante muito tempo, vamos fazer tudo para terminar as negociações durante o primeiro trimestre de 2014”, afirmou Medinas.Foi então que Luís Júlio disse: “Senhor presidente tenha cuidado, porque não vai tratar deste assunto com uma organização honesta. A Águas de Santarém não trata das coisas com a transparência que devia”. E referiu que a Águas de Santarém está a assumir-se como proprietária do prédio rústico onde está instalado o depósito da água no Pombalinho. “Isto não corresponde à realidade, o terreno pertence à junta de freguesia e o espaço foi cedido para a construção do depósito, mas não deixou de ser da junta”, afirmou.Contactada por O MIRANTE, a administradora da Águas de Santarém, Teresa Ferreira, confessou ter ficado surpreendida com essas afirmações, garantindo que não estão a querer que o município da Golegã pague pelo terreno em causa. “Isso não é verdade e não faz qualquer sentido. Se o senhor presidente da junta tinha dúvidas, lamento que não nos tenha pedido esclarecimentos. Não há nada que esteja sujeito a pagamento de renda que não seja nosso e estamos sempre ao dispor para esclarecimento de dúvidas”, afirmou a responsável da Águas de Santarém.Negociações têm decorrido com normalidadeO presidente da Câmara da Golegã garantiu que as negociações com a Câmara de Santarém e a Águas de Santarém têm decorrido com toda a normalidade. Mas o presidente da Assembleia Municipal da Golegã, Veiga Maltez, que conduziu os trabalhos em franca cumplicidade com o presidente da câmara, também foi incisivo nessa matéria: “Tome senhor presidente, aproveite bem todos estes tiros que o presidente do Pombalinho lhe está a dar, para levar para a mesa de negociações”.Recorde-se que, tal como O MIRANTE noticiou na última edição, a recente reorganização administrativa que conduziu à transferência da freguesia do Pombalinho de Santarém para a Golegã obrigou os dois municípios a estabelecerem alguns acertos e transferências de património e competências em áreas como as do abastecimento de água, saneamento básico, recolha de lixo, gestão escolar, urbanismo, iluminação pública, segurança e património.Entre outros aspectos, a Câmara da Golegã vai passar a pagar à Águas de Santarém uma renda mensal de 2.350 euros pela utilização da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) do Pombalinho, que continua a pertencer à empresa municipal escalabitana e vai ainda pagar-lhe 1.815 euros mensais pela utilização da rede de saneamento básico igualmente propriedade da Águas de Santarém.

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