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“Cratera” em Vila Chã de Ourique preocupa autarcas do Cartaxo

Construção de hotel ficou-se pelas fundações, ficando um enorme buraco no centro da localidade. Assunto foi debatido na última sessão da assembleia municipal.

A enorme cratera existente no centro de Vila Chã de Ourique, freguesia do Cartaxo, resultante da construção de um hotel que se ficou pelas fundações, foi tema de debate na última sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo. Os eleitos do PSD aproveitaram o período de antes da ordem do dia para apresentarem uma proposta onde se apela ao executivo municipal que faça uso de todos os instrumentos legais para repor “a normalidade urbanística” na zona, pondo-se fim à “imensa cratera que ali foi aberta”. A proposta do PSD, que surge no seguimento da declaração de caducidade do licenciamento do projecto aprovada por unanimidade na reunião de câmara de 23 de Dezembro, foi também aprovada por unanimidade pelas quatro forças partidárias com assento na assembleia municipal (PS, PV-MPC, PSD e CDU).No texto alerta-se também para que “enquanto a normalidade da situação não for reposta e o buraco tapado, a Câmara Municipal do Cartaxo tenha como prioridade as questões de segurança que envolvem aquela obra de forma a evitar qualquer acidente”.O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo revelou que a presidente da junta de freguesia, Maria da Conceição Nogueira, já lhe ligou diversas vezes mostrando preocupação com a situação e afirmou ser este um assunto que tem causado preocupação ao executivo. “Usaremos todas as ferramentas legais para manter a segurança”, garantiu Pedro Magalhães Ribeiro perante os eleitos da Assembleia Municipal.Recorde-se que, tal como O MIRANTE noticiou na sua última edição, a empresa promotora do empreendimento, Quatro Âncoras, está em dificuldades tendo há dois meses sido requerida a insolvência depois de passar por um Processo Especial de Revitalização.Em 2011 a empresa de investimentos imobiliários, turísticos e agrícolas entregou um processo de licenciamento na Câmara do Cartaxo. O projecto de arquitectura foi aprovado em 2012. Entretanto começaram as escavações no local mas a Quatro Âncoras nunca apresentou os projectos de especialidade. O que levou agora o município a aprovar a caducidade do projecto de arquitectura, por já se terem esgotado os prazos legais.A Divisão de Urbanismo do município notificou a empresa para exercer o seu direito de audiência prévia em Agosto de 2013 mas não recebeu resposta. Dois meses depois foi requerida a insolvência no Tribunal do Cartaxo. Entre os credores estão bancos, Finanças, Segurança Social, uma empresa de engenharia e consultoria, entre outras. A situação faz prever que o buraco do tamanho de um campo de futebol e com uma profundidade equivalente a três andares vá permanecer por muito tempo.

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