Alhandrenses campeões nacionais de Kempo
Sociedade Euterpe recebeu o 17º Campeonato Nacional de Kempo e as estrelas foram os atletas da casa
O grupo de atletas de Kosho-Ryu Kempo da Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA) continuam imparáveis e vão somando títulos nacionais. No 17º Campeonato Nacional de Kempo, que decorreu nas instalações da SEA no dia 11 de Janeiro, houve seis alhandrenses que conquistaram medalhas nas categorias que envolveram combate, defesa pessoal e kata. O torneio foi organizado pela associação e pela Federação de Kosho-Ryu Kempo. Envolveu mais de 200 atletas de 30 escolas de norte a sul do país.Mónica Sousa, a mais velha do conjunto com 17 anos, venceu a competição de kata, combate, e ficou em segundo lugar na defesa pessoal. Para ela o grupo é uma segunda família e treina todos os dias. Também já foi campeã europeia e transporta os ensinamentos da modalidade, que pratica desde dos cinco anos, para a sua forma de estar na vida. Já Carolina Conceição, de 14 anos, ficou em segundo lugar na defesa pessoal e em kata. Foi influenciada pelo irmão a juntar-se à escola que movimenta cerca de 200 pessoas em Alhandra e Arruda dos Vinhos. Nunca mais pensou em sair. O primeiro lugar em kata e o segundo em combate são agora motivações extra para o trabalho de Camila Canhoto de 11 anos. Juntou-se ao conjunto porque queria aprender a defender-se tal como Tiago Soares, com a mesma idade, que ficou em terceiro lugar na categoria de kata e que é um apaixonado por artes marciais.Os irmãos Pedro e Afonso Ferreira não podiam ser mais diferentes em termos de feitio mas o empenho que depositam no Kempo é igual. Pedro com seis anos é o mais irrequieto. Ficou em terceiro lugar em kata e venceu o combate. Afonso, o mais velho com 10 anos, conquistou o primeiro lugar em kata e defesa pessoal e faz parte do lote de campeões europeus que está no grupo. Apesar de jovem tem a noção das lições de moral que estão aliadas à filosofia do Kempo. “Quando chegamos ao cimo da montanha, devemos continuar a subir”, diz o atleta ao mesmo tempo que esclarece que o esforço nesta disciplina tem que ser constante para se atingir os melhores resultados. Apesar do sucesso dos desportistas, o “sensei” Pedro Porém não dá importância às classificações. “A competição é o mal menor desta modalidade”, afirma Pedro, que dá aulas desde 1991 e que está mais habituado a que o tratem por “sensei” do que pelo seu nome próprio.Com o seu conjunto de atletas, o treinador da federação já levou o nome de Alhandra e Arruda além fronteiras e esteve quase a entrar para o Guiness. “No último ano fomos ao Havai, Califórnia, Inglaterra e Escócia. Também organizámos um evento em Arruda que juntou mais de 1000 praticantes de 23 artes marciais diferentes”, conta Pedro. A organização do Guiness chegou a aceitar a candidatura para se constituir o recorde mas no próprio dia não consideraram o evento como elegível. Este ano vão tentar repetir a proeza.O segredo para os êxitos são explicados através do excelente espírito de grupo e pela junção de gente de todas as idades. “O nosso objectivo é sempre aprender mais”, conclui.
Mais Notícias
A carregar...