Irreverência, espontaneidade, uma identidade musical própria, originais e muita ganga temperam a essência da banda de rock escalabitana Vira Casaca. Foi em Setembro de 2012 que Afonso (teclas), Rafael (baixo), Tiago (bateria) e Verde (voz e guitarra) ensaiaram pela primeira vez como Vira Casaca. Actualmente, já com mais consistência, aventuraram-se na conquista do universo da música e estão a fazer sucesso nas redes sociais com o seu primeiro single “Betinhas de Santarém”. O primeiro teledisco da banda lançado na terça-feira, 21 de Janeiro, já conta com mais de 48 mil visualizações no YouTube.Jovens universitários, cada um a lutar pela “habilitação tão almejada pelos pais”, como referiu Afonso, 18 anos, é na música que gostavam de fazer carreira e para isso começam agora a trilhar os primeiros passos. “A música é aquilo que nós queremos fazer nos próximos tempos, mais ou menos mil anos”, afirmou de forma bem humorada Verde, 22 anos.Inspirados pelas “ninfas do Tejo”, é na garagem de Tiago, 18 anos, transformada numa verdadeira sala de ensaios, que ao fim-de-semana e sempre que têm disponibilidade aproveitam para ensaiar. As letras são maioritariamente escritas por Verde, mas confessam que “todos dão o ar da sua graça”, sempre “influenciados por Portugal, pelo Ribatejo, por Santarém” e principalmente pelas suas vivências. “Pretendemos transmitir a nossa irreverência também com as nossas músicas e tentamos escrevê-las com toda a virilidade desta região do pampilho na mão”, confidencia a O MIRANTE Afonso, ressalvando que têm também no seu repertório músicas inspiradas noutras regiões. “Sexo é fundamental” e “Cobras e Lagartos” são outros dos mais de uma dezena de originais que os Vira Casaca apresentaram no seu concerto de estreia em Santarém na noite de sábado, 25 de Janeiro, no Teatro Sá da Bandeira. Estão a passar uma fase feliz e preparados para qualquer desafio que surja, disse Rafael, 21 anos, mostrando a vontade de continuar a evoluir para alcançarem o seu espaço na música. “O nosso estilo está entre o Frank Zappa e o Nel Monteiro, é rock and roll português, é folclore, é Vira Casaca”, confessam com humor.