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Gerações juntam-se no Dia da Colectividade na Euterpe Alhandrense

Dos mais novos aos mais velhos todos consideram que a associação os ajuda a desenvolver como pessoas
O Dia da Colectividade na Sociedade Euterpe Alhandrense, que se assinalou no dia 25, é um momento em que se juntam sócios e praticantes de várias idades numa colectividade com mais de 150 anos. Durante as demonstrações das várias actividades da Euterpe há tempo para conversar e conviver. Sofia Alves, 10 anos, está na banda de música. É de Arruda dos Vinhos mas passa grande parte do seu tempo na colectividade depois de sair da escola. “Já tenho muitos amigos e prefiro estar aqui do que noutro lado. Há sempre alguma coisa para fazer”, diz enquanto agarra no trompete. A colectividade de Alhandra tem uma grande tradição na música e Sofia foi influenciada a juntar-se ao grupo por uma amiga mas admite que sempre quis tocar um instrumento. Nas mesmas instalações funciona o Conservatório Silva Marques. O director Edgar Ruivo abre-nos a porta e conta que a sua ligação à Euterpe começou nos tradicionais bailes de Carnaval. Edgar de 32 anos percebeu que pertencer à colectividade era também uma forma de melhor se inserir na comunidade. “É muito mais fácil aprender e obter resultados a todos os níveis quando temos uma organização por trás”, aponta. Edgar explica que a associação lhe proporciona uma melhor visão da freguesia e do concelho e que o trabalho desenvolvido melhora a formação cívica dos jovens. “Aqui a diversidade provoca melhores desempenhos porque não há rivalidades. Temos várias modalidades mas praticamente toda a gente se conhece”, salienta.A Euterpe é para alguns uma escola onde se aprende muito mais do que vem nos livros escolares. Quem o confirma é António Luís Borges de 78 anos que teve formação musical na colectividade há 63 anos, por incentivo do pai. “Durante toda a minha vida aprendi mais aqui do que na escola ou no trabalho”, lembra. Recordando também que houve casamentos que resultaram do convívio na sociedade. “A colectividade é a minha segunda casa. “Toda a gente vai aprendendo com a idade mas tenho a certeza que a Euterpe me ajudou a definir como homem e a pensar sempre nos outros”, conclui.

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