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Governo diz que tem a sua parte quase feita no projecto para despoluição do Alviela

Fico sempre feliz por ler notícias destas e já li muitas nos últimos anos. Porque este assunto do rio Alviela me afecta directamente vou esperar dois anos pelo fim destas maravilhosas obras e depois conversamos. Infelizmente quando chegar essa altura já lá não estão os que fizeram agora estas afirmações e estarão outros com outras conversas na ponta da língua. A ver vamos.Joaquim R. Seara Lemos e não acreditamos. Como é possível tanta manipulação para encobrirem a verdade? Pasme-se com esta parte da notícia: “Apenas a reabilitação da célula de lamas não estabilizadas da ETAR de Alcanena não se encontra ainda concretizada, estando a obra (com prazo de realização de 24 meses) em fase de adjudicação”, revela o Ministério do Ambiente, acrescentando que a intervenção terá como fonte de financiamento o Programa Operacional do Vale do Tejo e o Fundo de Intervenção Ambiental com um montante de 5,3 milhões de euros.” Mas afinal quem é o cego no meio desta confusão? Somos nós que conhecemos a vergonha a que chegou o chamado Sistema de Alcanena, ou são os senhores do Ministério do Ambiente que por ventura nem sabem onde é Alcanena, nem onde corre o Alviela como um esgoto a céu aberto?A acreditar que aquelas palavras foram mesmo proferidas por alguém do Ministério do Ambiente, onde é que está a responsabilidade dessa personagem? Veja-se só o que esses senhores querem dizer que está feito mas onde ninguém mexeu uma palha: “Os projectos, um a um - Unidade de Tratamento de Resíduos Industriais. Tem como promotor a AUSTRA e um orçamento de 2,6 milhões de euros, com comparticipação prevista de fundos europeus de 70 por cento. Melhoria da eficiência do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena. Obra da AUSTRA, investimento de 7 milhões de euros, com financiamento comunitário previsto de 60 por cento. Remodelação da rede de colectores de águas residuais. O valor é de 5,9 milhões e a AUSTRA terá comparticipação máxima de 70 por cento. - Reabilitação da zona de lamas não estabilizadas. Obra da responsabilidade da ARH do Tejo. Valor de 5 milhões de euros. Aguarda aprovação da candidatura para financiamento em 70 por cento pela União Europeia. Conclusão prevista para Dezembro de 2009. Defesa contra cheias da ETAR de Alcanena. Projecto do INAG, com um valor de 777 mil euros. Conclusão prevista para Abril de 2010. Reconstrução da cascata do Mouchão de Pernes. Obra do INAG no valor de 917 mil euros. Conclusão prevista para Junho de 2010.”Isto é um resumo do protocolo assinado em Junho de 2009 e a única obra feita foi uma espécie de bacia de protecção em volta da ETAR para evitar que a mesma seja inundada em época de cheias e que serve também de bacia de retenção quando a dita não consegue tratar todos os caudais que lá chegam. Também foram feitas algumas obras nas quedas de água do Mouchão de Pernes. Mas tudo junto são trocos comparando com mais de 21 milhões aprovados, prometidos e festejados na altura. Mas afinal quem é que anda a brincar com as populações que não têm ninguém que as defenda? Se isto fosse um país normal, com um verdadeiro Ministério do Ambiente a funcionar e autarquias a defenderem os seus territórios e a qualidade de vida dos seus munícipes, nunca se tinha chegado à presente calamidade ambiental. Basta de conversa fiada. As obras é que eram precisas mas pelos vistos bem podemos esperar, sentados.Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro

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