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Ana Paula Grijó

Ana Paula Grijó

Chefe de gabinete da presidente da Câmara de Abrantes, 45 anos, Abrantes

“Estamos no século XXI. As tarefas domésticas são do domínio de quem tiver uma casa para cuidar e goste de viver num sítio harmonioso, organizado e limpinho”* * *“Penso que a produtividade se aumenta sobretudo com o reconhecimento do valor individual de cada colaborador e do seu imprescindível contributo para o resultado final alcançado pela equipa”

O que faz mais falta na sua terra?Médicos de família. Felizmente, tenho desde há vários anos uma excelente médica de família, sempre disponível e atenta. Mas como cidadã deste concelho não posso deixar de me preocupar com todos aqueles que não têm.As tarefas domésticas são domínio da mulher?Estamos no século XXI. As tarefas domésticas são do domínio de quem tiver uma casa para cuidar e goste de viver num sítio harmonioso, organizado e limpinho.Quem muito fala pouco acerta?Confesso que acho graça aos ditados populares, pelo menos a alguns, e respeito-os pela sabedoria ancestral que encerram. Mas na verdade não sou grande adepta de rótulos. Gosto de pensar que o mundo está cheio de pessoas diferentes e que é aí que reside a sua riqueza. Posto isto, quem muito fala pouco acerta…às vezes! Outras vezes é preciso falar muito para dizer coisas certas.Pratica algum desporto?Infelizmente, neste momento não. Mas já fui atleta e tenho dois filhos que o são. Acompanho como mãe e adepta entusiasta as modalidades que praticam - atletismo e basquetebol.Já participou em alguma manifestação?Assim de repente vem-me à memória uma: o cordão humano realizado em Lisboa há uns anos quando Timor Leste lutava pela sua autodeterminação.Tem alguma especialidade culinária?Filhós de maçã: uma receita que herdei da minha família materna e que nunca falta na minha mesa de Natal.Entre um filme, um livro e a internet, o que escolhe?Entre as três, apesar de ser uma adepta convicta das novas tecnologias, a Internet é aquela que mais facilmente deixo para trás. Entre um livro e um filme é difícil. Adoro ler e adoro um bom filme. Não saberia escolher, por exemplo, entre o livro “O último Cabalista de Lisboa” de Richard Zimler ou o filme “Tudo está Iluminado” do realizador Liev Schreiber com o Elijah Wood no papel principal.Já fez a sua viagem de sonho ou ainda está à espera de a realizar?Está por realizar: África do Sul, o país onde nasci e vivi até aos oito anos. Adorava revisitar as minhas memórias de infância.Acha que passar das 35 horas para as 40 horas de trabalho semanais aumenta a produtividade?Nem por isso. Penso que a produtividade se aumenta sobretudo com o reconhecimento do valor individual de cada colaborador e do seu imprescindível contributo para o resultado final alcançado pela equipa.O que é que a preocupa mais?O futuro dos meus filhos, que não consigam, apesar do seu esforço e empenho, concretizar os seus sonhos.O que é que a deixa de cabelos em pé?O preconceito e a intolerância. Penso que o respeito pelos outros é a base fundamental para um mundo harmonioso. E a história já nos ensinou, infelizmente, que estes sentimentos não nos conduzem a “nenhum lugar bom”.Como é que combate o frio no dia a dia?Com roupas quentinhas, chá…e boa disposição! Rir aquece a alma. Como dizia o meu pai: “ Com um sorriso é mais barato!”.Mulher ao volante é perigo constante?Nem pensar. Voltamos à tal questão dos rótulos…Qual a região mais bonita de Portugal?Gosto muito do concelho onde vivo. Atrai-me a sua enorme diversidade paisagística e os inúmeros cantos e recantos que vou descobrindo por aí e que são de uma beleza fantástica. Mas as minhas raízes transmontanas estão muito presentes em mim. Sempre que vou a Trás-os-Montes sinto um curioso sentimento de regresso a casa apesar de nunca lá ter vivido. É uma região de uma beleza rude e agreste a que não se consegue resistir. Experimentem lá ir quando as giestas estão em flor.Se não vivesse onde vive, onde gostaria de viver?Provavelmente em Sintra. Mas o que eu gostava mesmo era de poder viajar muito e de viver em muitos sítios diferentes. Acho que tenho espírito de “caixeira-viajante”.
Ana Paula Grijó

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