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Enterros do entrudo em Vila Franca continuam mas com críticas mais suaves

Enterros do entrudo em Vila Franca continuam mas com críticas mais suaves

Alguns populares dizem que está a faltar picante às calhandrices
Os enterros do entrudo em Alhandra e Póvoa de Santa Iria continuam a tradição da má-língua em Quarta-Feira de Cinzas mas dizem alguns populares que habitualmente assistem às iniciativas que cada vez há menos picante. Maria Leonor, 76 anos, de Alhandra, é uma das que considera que estas iniciativas de mal-dizer estão mais suaves, provavelmente devido ao receio de se ser politicamente incorrecto. O povo aplaude a iniciativa das colectividades em manter viva a tradição e até ajudam mas já não há o entusiasmo de antigamente. “É giro mas já não tem tanta graça como antigamente, porque se distinguia claramente de quem se estava a falar”, refere Roberto Pires, dono de um café em Alhandra. Durante anos este comerciante também foi alvo das quadras do enterro do entrudo e agora tem pena de raramente sair um palavrão.Em Alhandra a Comissão do Carnaval optou por deixar o testamento do entrudo de lado e enquanto o morto era velado na Sociedade Euterpe Alhandrense subiu ao palco uma peça de teatro onde a crítica social foi feita por actores. O ponto de partida? Uma comissão da Troika em Alhandra a analisar o Carnaval, ajudados por um jornalista bizarro e um entrudo com muito tento na língua. “Isto está negro. Mas não deve estar mais negro que aqui as casas em Alhandra. Então porquê? Clicaram no botão errado e voaram umas sacas de cimento pelo ar há umas semanas…foi cá uma confusão que até a televisão apareceu”, falaram os actores entre si. Mesmo assim ainda houve algumas críticas e a ex-presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, não escapou. “Temos que falar com a Dona Maria das Rosas para ver se ela actualiza os dados das freguesias senão não sabemos onde cortar mais. Será que posso interromper? É que a senhora das rosas também já não está cá! Não está? Mas ela não tinha mandato vitalício? Não, isso do vitalício é só nas terras do Fidel! Agora temos cá um presidente mas é cor-de-rosa também”.Na Póvoa de Santa Iria o entrudo deixou um testamento de 44 versos que foi lido pelas ruas da Póvoa antiga, porta a porta, como antigamente:Esta loja da PombinhaNão anda nem passa adianteEstá mais interessada a CelinhaEm falar para O MIRANTEAo Jorge presidenteO entrudo folgazãoDeixa um valente presenteEm forma de cagalhãoJá comentam as más-línguasSerá sorte, jeito ou talento?Como consegue a AdelaideTer sempre estacionamento?Os funcionários dos correiosNão têm tarefa moleMas o Vaz ainda consegueTer tempo para o futebolAs quadras da Póvoa de Santa Iria podem ser lidas na íntegra no site de O MIRANTE.
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