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“A SAD não é um bicho de sete cabeças nem ninguém está aqui para enriquecer à conta do Vilafranquense”

“A SAD não é um bicho de sete cabeças nem ninguém está aqui para enriquecer à conta do Vilafranquense”

David Ferreira director-geral da SAD para o futebol do União Desportiva Vilafranquense garante que o objectivo é potenciar jogadores seniores

Seis meses depois do futebol do União Desportiva Vilafranquense (UDV) ter sido transformado numa Sociedade Anónima Desportiva (SAD) os responsáveis mostram-se esperançados quanto ao futuro.

A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) que foi criada para absorver o futebol do União Desportiva Vilafranquense, não é um bicho de sete cabeças nem fará os investidores ficarem milionários à conta do clube ou dos escalões de formação. Quem acha isso está “completamente enganado”, assegura David Ferreira, 22 anos, director-geral da SAD.Seis meses depois da SAD ter sido constituída, o dirigente não esconde que os investidores têm como objectivo obter lucro, mas que nunca será à custa dos escalões de formação, actualmente frequentados por 350 jovens. “Eventuais receitas serão sempre potenciando jogadores do futebol sénior, nunca à custa da formação. As gestões profissionalizadas são uma solução para os clubes mas não são a salvação. Não digo que as associações não tenham pessoas válidas a gerir, mas esta é a única forma de muitos clubes salvarem o futebol. Não salvam as modalidades todas mas salvam o futebol”, defende.Na opinião do responsável o facto das SAD poderem arrancar com as contas a zero, sem absorver dívidas do passado, é uma forma tentadora de dar passos arriscados, o que tem gerado problemas noutras estruturas do género criadas por todo o país. “De um momento para o outro as SAD encontram-se sem dívidas nem encargos e lançam-se em utopias. Aqui não damos passos maiores que as pernas, a nossa administração não nos deixa meter o pé em ramo verde. Fazemos uma gestão muito cuidada”, nota.Actualmente o clube detém 20 por cento do capital da SAD, sendo os restantes distribuídos por vários accionistas privados, entre eles a Eurofoot, uma empresa holandesa de gestão de carreiras desportivas. O campo sintético onde os atletas da formação jogam, recorde-se, foi pago com dinheiro da câmara e custou 200 mil euros.“Nos últimos anos o clube teve direcções muito válidas, pessoas que tentaram limpar o que tinha sido feito antes, mas o buraco é tão grande que a minha opinião é que o clube, mais cedo ou mais tarde, não consiga resistir”, lamenta David, ele próprio um ex-atleta do UDV. O antigo edifício degradado, que existia junto ao campo do cevadeiro, foi demolido e deu lugar a 16 módulos que incluem salas para a direcção, gabinete para a estrutura técnica, sala dos treinadores e coordenação técnica, balneário para árbitros que apitam no campo sintético, sala de reuniões, recepção, clínica, posto médico, ginásio, bar e uma loja, que abrirá em breve.Apesar das melhores condições a falta de público continua a ser o maior desafio dos novos dirigentes. “As estruturas responsáveis matam o futebol amador a partir do momento em que marcam jogos da primeira liga para as horas em que todas as equipas dos escalões amadores jogam. É impossível termos aqui público quando marcam um jogo do Benfica para as 16h00 de domingo, por exemplo. O futebol amador é a base de tudo, em que toda a gente, sem ser a elite, pratica desporto. O problema é fácil de resolver, é uma questão de vontade”, conclui.
“A SAD não é um bicho de sete cabeças nem ninguém está aqui para enriquecer à conta do Vilafranquense”

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