O problema da falta de acessos ao Parque do Relvão é mais que evidente e não é de agora. É certo que todos sabemos que o país está em crise, mas se nada se fizer para contrariar este estado de coisas e apoiar quem tem ideias e projectos, a esperança acabará por morrer. E era tão fácil se houvesse estratégia, se as regras se cumprissem e acima de tudo se houvesse vontade. Da visita que o presidente da Estradas de Portugal fez recentemente ao distrito, ficou a saber-se, acima de tudo, o que não se vai fazer. E o caso do IC3 e da nova ponte ficaram adiados até às calendas gregas. Mas não nos podemos esquecer que conseguiram fazer recentemente a transformação do IC3 em A13, entre a Atalaia e Coimbra, quando aquele troço, como estava servia muito bem. Mas fazerem as variantes a Almeirim, a Alpiarça, a Vale de Cavalos e à Chamusca, nem pensar. Porque será?O problema vai um dia ser resolvido, quando houver um acidente grave dentro duma daquelas localidades, com um camião carregado de matérias perigosas e depois tudo se lembrará então que a obra tem que ser feita. Lembrem-se do caso de Entre-os-Rios. Não havia dinheiro para manter a ponte e depois houve dinheiro para a reabilitar e fazer outra nova ao lado. Mas foi preciso morrerem 59 inocentes que não tiveram culpa da insensibilidade de quem manda nestas coisas e a culpa acabou por morrer solteira como é hábito. Mas as obras foram feitas. Tarde, é certo mas foram feitas.Ainda quero pensar que, se os presidentes de câmara de Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Constância e Abrantes, para além das CIMT e CILT se quiserem juntar e falarem a uma só voz, muita coisa se poderá resolver até porque o presidente da Estradas de Portugal manda o que manda, mas o governo e, neste caso, o Ministério do Ambiente tem uma palavra a dizer. Questionem-no. Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro