uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Tenaz Manuel Serra d’Aire

Comecei a escrever esta mensagem no Dia Internacional da Felicidade, data em que fiquei a saber, através da divulgação de um daqueles célebres estudos para os quais nunca somos consultados, que a maior parte dos portugueses considera-se feliz. Obviamente rejubilo com a notícia e também fico contente por constatar que os anti-depressivos que são consumidos em massa pela nossa população afinal produzem mesmo efeito e não são uma espécie de banha da cobra avalizada pelos médicos para ajudar os laboratórios farmacêuticos a ganharem a vida.Quem também deve andar feliz da vida é o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, que viu ser aprovada uma proposta de homenagem a todos os presidentes desse município no pós-25 de Abril de 1974 e onde ele obviamente se inclui. O facto de ele ter votado a favor de uma proposta onde o seu nome está incluído, atitude que alguns podem classificar como eticamente discutível, é uma compreensível manifestação de amor próprio (se não gostamos minimamente de nós, como vamos conseguir gostar dos outros?) e trata-se de uma questão de pormenor mesquinha e completamente irrelevante. Além disso, o facto de Luís de Sousa ser homenageado como presidente de câmara apenas seis meses após ter sido eleito para o cargo até poderá conferir-lhe direito a entrada directa no Guinness Book, o famoso Livro dos Recordes. O que seria motivo de redobrado orgulho e regozijo para o autarca e para os munícipes de Azambuja.É impossível, meu caro, que a Câmara de Tomar não seja trazida à colação mais uma vez a esta página desde que a nova equipa passou a gerir os seus destinos. Depois do apagado Carlos Carrão, a autarquia tem uma nova liderança que fervilha de imaginação e que deve ter o professor Pardal como patrono, tantas são as ideias luminosas que saem daquelas cabeças. Uma das novidades mais recentes é a de que a presidente da autarquia, Anabela Freitas, decidiu gastar 8 mil euros num livro sobre a história do União de Tomar, popular clube que está prestes a celebrar o centenário de vida. Seria uma atitude louvável dos autarcas, não se desse o pormenor de que o próprio União de Tomar tem andado nos últimos anos a preparar um livro alusivo à efeméride que vai ser publicado em breve. O que, aliás, era do conhecimento público. E assim vamos ter pelo menos duas publicações sobre o mesmo assunto, uma delas paga com dinheiros públicos, o que não deixaria de ser caricato se estivéssemos num país como o Canadá ou a Suíça. Como estamos em Portugal, enfim, não é de espantar... Estou curioso para ver quem sai vitorioso desta espécie de jogos florais dedicados ao popular clube onde jogou Eusébio. E, já agora, aconselho os dirigentes do União de Tomar a não mandarem foguetes antes da festa, porque até ao dia de aniversário o historiador local Luís Ferreira (também chefe de gabinete da presidente da câmara) ainda pode descobrir que o clube afinal não nasceu na data anunciada, mas sim no tempo de Gualdim Pais. Com ele nunca se sabe e os bombeiros municipais que o digam...Felicitações primaveris do Serafim das Neves

Mais Notícias

    A carregar...