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Trabalhar honestamente e ser frontal com o cliente é fundamental para o sucesso

Trabalhar honestamente e ser frontal com o cliente é fundamental para o sucesso

Paulo Sá Martins é empresário e funcionário público em Benavente

Paulo Martins vive em Benavente há 34 anos e tornou-se empresário depois de estar nove anos na Força Aérea.

Uma das principais formas de ter sucesso no mundo dos negócios é apostar na honestidade e ser frontal com os clientes. A opinião é de Paulo Sá Martins, 40 anos, empresário e funcionário público em Benavente.“Enquanto empresa, o objectivo é gerar valor, não nos podemos nunca afastar desse grande objectivo, senão a empresa fecha. Por outro lado temos de estar focados sempre em prestar o melhor serviço e produto ao nosso cliente, de forma a fidelizá-lo e conquistar a sua confiança. É manter esse dinamismo que faz a continuidade de um negócio”, revela.Paulo Martins vive em Benavente há 34 anos mas nasceu em Luanda, Angola, em Fevereiro de 1974, a poucos meses da revolução dos cravos. Os pais conheceram-se em Angola: a mãe é de Benavente e o pai do Porto. Paulo era pequeno demais para compreender as convulsões sociais e políticas que se passavam em Portugal. Até aos seis anos andou de avião entre Portugal e Angola, até se estabelecer em Benavente aos seis anos.Estudou no liceu de Salvaterra de Magos e o seu primeiro emprego foi aos 17 anos como paquete de escritório numa empresa da zona que vendia material agrícola. Sonhava ser piloto de aviões e ingressou depois na Força Aérea, onde acabou por ser socorrista durante nove anos. Tinha a aspiração de entrar no curso de sargentos, que lhe daria acesso à profissão de enfermeiro, mas por “decisões políticas” diz que foi impedido de entrar no curso. Começou de imediato a procurar alternativas e lembrou-se do ramo da óptica. “Sempre me senti inclinado para trabalhar na área da saúde. Entretanto descobri o ramo da óptica e gosto muito do que faço. Fui tirar uma formação em óptica aos 28 anos e três anos depois abri a Benoptica com a minha mãe”, recorda. A empresa já tem uma década de existência.Há cerca de dois anos que Paulo Martins é optometrista credenciado. A palavra optometria deriva do grego optometron, o resultado das palavras “Opto” que significam visão e “metron” que significa medição. A optometria é a ciência que analisa, detecta e compensa problemas visuais e permite aos técnicos prescrever lentes compensadoras, ajudas visuais ou reabilitação visual. “No ramo da saúde rapidamente as pessoas descobrem quem não é honesto. Não é difícil. As pessoas não são parvas, detectam se lhes venderam gato por lebre. Vale mais respeitar e aconselhar bem o cliente. Só há cerca de 15 anos é que comecei a imaginar-me neste papel de empresário”, conta.Paulo explica que o principal desafio da profissão é ajudar as pessoas a ver melhor e ter uma maior saúde visual. “As crianças são sempre um pouco mais difíceis porque não colaboram tanto como os adultos, isso torna o desafio um pouco maior”, refere.Ao fim de um ano com a loja aberta, Paulo conseguiu colocação no município de Benavente, sendo também assistente operacional nas piscinas de Benavente, acumulando esse emprego com a actividade de empresário.“É difícil ser português hoje em dia. É difícil para os empresários e para quem não é. As circunstâncias actuais são rudes e não tinha de ser assim, como todos suspeitamos este esforço todo [de austeridade] não vai levar a lado nenhum sem ser a mais dívida, mais crise, mais bancarrota, mais uma série de adjectivos que já estamos fartos de ouvir mas que se vão concretizar. Vamos acabar por esperar por circunstâncias externas para aproveitarmos a boleia”, defende.Na sua empresa Paulo tem à disposição dos clientes lentes oftálmicas, de contacto, óculos de sol e armações. “Além dos artigos também se pode encontrar aconselhamento e esclarecimento de dúvidas. Não estamos aqui só para vender, numa posição de mercenário, somos acima de tudo uma porta aberta”, conclui.
Trabalhar honestamente e ser frontal com o cliente é fundamental para o sucesso

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