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Extinção da empresa municipal do Cartaxo pode deixar 32 funcionários no desemprego

Vice-presidente da câmara admite que a situação é complicada e que não há possibilidade de integrar os trabalhadores da Rumo 2020 no quadro do município.

Os trinta e dois funcionários da empresa municipal Rumo 2020, no Cartaxo, têm os seus postos de trabalho em risco no seguimento do processo de dissolução e liquidação da empresa. A situação deve-se à débil situação financeira do município que está impedido de estabelecer qualquer vínculo profissional.O processo de dissolução e liquidação da Rumo 2020, que ainda está numa fase inicial, vai ser “bastante complicado”, considerou o vice-presidente da Câmara do Cartaxo, Fernando Amorim, na última reunião de câmara. O assunto foi amplamente debatido pelo executivo camarário apesar do ponto referente a este assunto ter sido retirado da ordem de trabalhos a pedido dos vereadores.“Este processo de dissolução e liquidação da Rumo 2020 é um processo bastante complexo, nomeadamente nas questões com o pessoal, nas questões dos empréstimos e das responsabilidades que esta empresa tem”, afirmou o vice-presidente da Câmara do Cartaxo.A questão mais sensível prende-se com os postos de trabalho assegurados até agora pela empresa. Os contratos a termo determinado irão caducar e nesta situação encontram-se 21 funcionários. Aos restantes 11 trabalhadores, com contrato a termo indeterminado, será vedada a possibilidade de serem contratados pela Câmara do Cartaxo.“A lei permite um regime de excepção. Contudo o município, face à situação financeira que tem de desequilíbrio estrutural, não lhe é permitido criar qualquer vínculo profissional, como tal cai por terra esta decisão”, esclareceu Fernando Amorim. “Internalizar os funcionários e as actividades face à situação do município não vai ser possível, então temos que rescindir o contrato com todas as pessoas”, completou.A situação sensível para os membros da autarquia levou a que os vereadores do PSD e do PV-MPC pedissem para que o ponto fosse retirado da ordem do dia, adiando assim a deliberação até à próxima reunião de câmara.De recordar que a Rumo 2020 foi criada na altura em que Paulo Caldas (PS) liderava a Câmara do Cartaxo e o projecto mais polémico em que a empresa se envolveu foi a construção do Parque Central do Cartaxo. A empresa municipal tem uma divida no valor de 5,363 milhões de euros, montante que integra o total da dívida do município e que, de acordo com a última auditoria interna levada a cabo pelo município em Novembro de 2013, ultrapassa os 63 milhões de euros. Refira-se ainda que a empresa municipal já deveria ter sido extinta em Fevereiro de 2013, altura em que, devido à lei que decide a racionalização do Sector Empresarial Local (SEL), foi imposta a extinção das entidades que não satisfizessem inúmeros critérios de sustentabilidade financeira.

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