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Reabilitação Total do Maxilar Superior

Este caso clínico é sobre a reabilitação total do maxilar superior de uma paciente de sexo feminino na casa dos 50 anos, que perdeu todos os dentes do maxilar superior (foto 1). A perda desses dentes deveu-se a doença periodontal, habitualmente designada por piorreia. A título de curiosidade esclareço que, na cavidade oral podem existir problemas nos dentes propriamente ditos (cáries por exemplo), ou problemas naquilo que “agarra” os dentes (gengiva e osso). Este tipo de problemas, na gengiva e no osso, afectam 80% da população portuguesa e saliento o facto de que, o sangramento durante a escovagem dentária é sinal de que esta doença está activa. Sublinho ainda que, qualquer tratamento que se faça em quem quer que seja, está condenado ao fracasso se não houver um trabalho de equipa, isto é, o paciente receber informação por parte do médico e cumprir com as “suas obrigações” em termos de higiene oral.Neste caso em particular a opção foi colocar 4 implantes no maxilar superior (implantes dentários são raízes artificiais) e aguardar o período de osteointegração (que é o “agarrar dos implantes” por parte do osso), que durou aproximadamente 4 meses. Passada esta primeira fase, designada por fase cirúrgica, avançou-se para a colocação dos dentes. Aos implantes (raízes artificiais), foi então conectada uma prótese. A prótese escolhida foi em metal e acrílico (foto3), prótese sem céu da boca, fina, que ocupa pouco mais que o volume dos dentes naturais. A união entre os implantes e essa mesma prótese foi feita por elementos metálicos aqui designados por conectores (foto 2). É de notar que os implantes estão “dentro “ do osso e portanto não se vêem, sendo apenas visível na boca os conectores.Este tipo de solução tem na minha óptica profissional o melhor dos dois mundos. Por um lado as vantagens de uma reabilitação fixa, porque não mexe, por outro as vantagens de uma reabilitação móvel, que são o facto de a prótese poder sair para a pessoa poder higienizar. A higiene deve ser feita diariamente e convenientemente tanto nos conectores, que estão sempre em boca e não saem, como na prótese. Desta forma aumenta-se significativamente a taxa de sucesso a longo prazo deste tipo de solução.Confesso ainda que este tipo de reabilitação é a que me deixa “mais descansado”. Os eventuais problemas a longo prazo serão o desgaste dos dentes e o “lascar” do acrílico por exemplo, tudo facilmente solucionável. Como vantagens temos entre outras, a estética (foto4), o preço (esta solução fica muito mais barata que uma reabilitação fixa) e a fidelidade a longo prazo. Peço desculpa pelo pouco rigor científico do texto, mas o objectivo e fazer-me entender por todos e não só pelos profissionais da área.* Médico Dentista

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