Governantes e a sua vasta corte, autarquias e as suas cortes, assembleias municipais e as suas cortes, juntas de freguesia e as suas cortes, assembleias de freguesia e as suas cortes e todos querem mais poder, mais delegações e mais dinheiro para melhor se gerirem e melhor gerirem o galinheiro! Mas são as galinhas depenadas, esfaimadas e já sem forças para garantir a espécie que sustentam, alimentam e financiam o brioso e dedicado exército de missionários que faz os possíveis e os impossíveis em gastar milhões na aprendizagem, treino e experiências para encontrar a solução ideal para o futuro do galinheiro e o bem-estar das galinhas. E não tardará que sejam criadas as tão reclamadas regiões que vão albergar mais umas divisões de infatigáveis missionários que não se cansarão de gastar milhões em experiências, treino e aprendizagem para encontrar a solução ideal para o futuro e o bem-estar das galinhas que definham nos seus galinheiros. É a brincar que se aprende mas os empresários só contratam para gestores das suas empresas missionários que já brincaram tudo, com elevada formação académica, vasto e rico curriculum e experiência e competência de excelência reconhecidas. Veja-se os currículos dos grandes gestores empresariais da nossa terra e os currículos dos que nos governam a todos os níveis da hierarquia do Estado, donde se conclui que para auxiliar de ajudante de balconista é requerida sólida formação académica, larga experiência no ramo e credenciais abonatórias de pelo menos cinco grandes empresários do ramo, mas para as funções de governação basta os candidatados terem demonstrado boas capacidades de vendedores de pomada de jibóia e, tão mais importante, serem da confiança dos barões dos partidos para fazerem o que eles, barões, querem que seja feito.Manuel Peñascoso